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No solo do desespero, vaguei em saudade

Arde a dor; incorrupta; sagrada.
De em bravura, ter buscado meu estado,
Privando-me do teu silêncio ao meu lado,
Tentando o fim, na nula ponta da espada.

Arde frio, como rios que há muito não correm.
Se paralisam... Pelo medo de secarem.
Congelando-se até a vida lhes faltarem,
Sendo morte, apenas o que os percorrem.

Arde quente. Algum lembrar em minha mente,
Algum momento, dentre nós de sutileza...
Que faz-me, ainda ter umas certezas,

Que na essência, daquilo tudo que se sente
Existe algo, que mesmo o eterno não esquece.
Arde sozinho; faz sangrar, porém aquece.

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sexta-feira, setembro 10, 2010 - 13:16

Poesia :

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RobertoDiniz

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Comentários

imagem de Henrique

Re: No solo do desespero, vaguei em saudade

Arde quente. Algum lembrar em minha mente,
Algum momento, dentre nós de sutileza...

Poema em poesia perfeita!!!

:-)

imagem de MargaridaRibeiro

Re: No solo do desespero, vaguei em saudade

Esse é o paradoxo do sózinho: aquece mas faz sangrar...Porque é que o quente mais certeza é nós?

Mas é...

:-)

imagem de Mralves

Re: No solo do desespero, vaguei em saudade

bonito e triste. Gostei de ler. :-)

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