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A nova revolução I
A nova revolução
I
Proibido o despudor no poder
Enraizado e alimentado
Nas cabeças desumanizadas
Em objectos infrutíferos e efémeros.
Proibida a desfaçatez e a mascarada tez
Em obvia falsidade.
Proibida a crença nas imagens humanas
De mentes insanas
Carregadas de moral,
Neste universo perfeito de despeito.
Proibida a proliferação da peste
Que vomita adjectivos e ideais
De sonhos provocados e irreais.
Proibido a audição de gravações
Realizadas em directo
Directamente aos corações.
Proibidas televisões manobradas
Em manipulações internamente forjadas
Em diárias jornadas
Perfumadas de cravos
Transformadas em escravos
No fim da ditadura
E continuação da escravatura.
Que seja proibido
O uso da liberdade
Em abuso da idoneidade…!
Que seja proibido
Gravadores ambulantes
Fingindo-se de pessoas
Se achando importantes!
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Poesia :
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Clarisse
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Comentários
Re: A nova revolução I
Clarisse,
A poesia quer-se também assim crítica e mordaz, sem tabus, desmascarando o poder fascista e dissimulado.
Beijinhos
Nanda
Re: A nova revolução I
Olá Nanda,
Obrigada pela visita. É um prazer saber-te por aqui.
:-)
Beijos,
Clarisse
Re: A nova revolução I
Clarisse,
A nova revolução, será sempre aquela que não sendo uma revolução por ser uma transformação, se coaduna com a "Força do SER". Nela se vê o que à luz de um novo olhar se sente, vendo mais além.
A nova revolução está a acontecer neste momento em todos nós, mas que ainda não vislumbramos, que por ser tão intensa, nos boqueia e nos transfere para outras revoluções que já deram tudo o que tinham que dar.
A nova revolução traz um cunho muito nosso, caracterizado pela "Força do SER"~
Um beijo para ti
Dolores Marques
Re: A nova revolução I
Querida Dolores,
Este é um comentário que deveria ser emoldurado... Sei do que fala, e o próprio título "A força do Ser", remete-nos exactamente para um novo olhar através do Ser intrínseco existente em cada um de nós. Presos que estamos nos nossos grilhões de séculos de existência, talvez ainda não consigamos abrir na totalidade os nossos olhos para esse olhar que se quer em tudo diferente… a luz é intensa demais para os nossos olhos, habituados à escuridão. Aguardo a nova era, tentando fazer a minha parte, mas na consciência do cisco que represento e do muito que tenho que aprender.
Este poema surgiu como um desabafo, inspirado numa figura pública portuguesa com alta responsabilidade governamental. Há dias em que me farto de mais do mesmo, anos e anos a fio... sem que nada ou quase nada mude. Faça-se Luz sobre esta sombria terra!
Obrigada querida poeta!!
Beijos,
Clarisse
Re: A nova revolução I
Citado:
"Proibidas televisões manobradas
Em amanipulações internamente forjadas
Em diárias jornadas
Perfumadas de cravo
Transformadas em cravos
Fim da ditadura
E continuação da ditadura"
Concordo plenamente contigo.Um grito contra este poder
mascarado. Gostei e muito!!!
Bravo!!!!
Re: A nova revolução I
Olá varenkadefatima,
Era bom que todos fizessem algo...
Grata pela sua passagem.
Beijo,
Clarisse