CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
o entendimento completo da morte.
Fico suspenso na água
a noite cheira a rosas e o milagre da pobreza
é deixar cair o incognito perfume dos olhos.
Suspenso na água e de patas penduradas no hemisfériO
tento refazer o mundo. É este o sinal para accionar as transformações do corpo.
Suspenso na água vejo os meus olhos
e não são os olhos que vejo
mas a água.
Não ter segredos é simples
o mistério de morrer é esperar e entre o mistério do que se espera
e o inesperado de não se saber onde ficaram os olhos nós tentamos e o tentar é a imperfeita conjugação de pensar que qualquer coisa é a sensação particular das coisas comuns.
Não ter rotina é morrer as coisas comuns fazem falta á paixão.
Fico suspenso na água e de pernas para o ar imagino-me um poeta que recita uma canção na sola dos sapatos velhos. Aquele barulho, aquele andar da multidão que parece que mexe, que parece que anda e que muda de posição quando parece estar a despir a terra e a terra fica nos sapatos como a musica nos dedos ou simplesmente como a respiração que se vai do corpo.
Fico suspenso na água
a noite cheira a rosas bravas
existir é ter cuidado e ter cuidado é desfolhar o amor e não ter cuidado é a unica atenção que o amor precisa para se equilibrar pois nunca se sabe como os homens se equilibram e contudo sabemos que encontram uma certa firmeza.
Assim o mar
assim o amor e todas as coisas misturadas.
Os homens livres e os outros e as mulheres para que não se diga que falta uma cor.
E é sempre a natureza esse milagre
essa transformação do cisne feio
no amor verdadeiramente universal e poderoso.
Não há nada que o amor não faça
para espantar os homens comuns e esse é o milagre do amor e isso é não entender nada e ter no entanto uma qualquer admiração que fosse o entendimento completo da morte.
lobo
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1676 leituras
other contents of lobo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Canção | vens da rua | 0 | 2.753 | 10/26/2011 - 18:50 | Português | |
Poesia/Dedicado | Criação | 1 | 1.669 | 10/25/2011 - 01:39 | Português | |
Poesia/Dedicado | O medo não vai comer a liberdade | 1 | 2.203 | 10/14/2011 - 00:21 | Português | |
Poesia/Dedicado | A bela adormeida | 2 | 2.564 | 10/13/2011 - 11:42 | Português | |
Poesia/Amor | Vais retocar a sobrancelha | 0 | 3.214 | 10/10/2011 - 12:37 | Português | |
Poesia/Dedicado | A Virgem do parque | 1 | 3.102 | 10/08/2011 - 14:34 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fragilizar | 1 | 2.797 | 10/06/2011 - 16:34 | Português | |
Poesia/Comédia | Aquele cigarro no lábio da formiga | 0 | 3.106 | 10/02/2011 - 21:28 | Português | |
Poesia/Dedicado | Este lugar onde os teus cabelos ardiam | 0 | 3.190 | 09/30/2011 - 13:37 | Português | |
Poesia/Aforismo | A noite fala de cansaços | 0 | 2.043 | 09/28/2011 - 11:59 | Português | |
Poesia/Amor | Se eu souber | 1 | 2.935 | 09/27/2011 - 01:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A viagem | 0 | 2.591 | 09/25/2011 - 18:47 | Português | |
Poesia/Geral | Nunca está no ponto | 0 | 1.821 | 09/24/2011 - 22:33 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Se eu soubesse que doi | 1 | 2.075 | 09/24/2011 - 16:41 | Português | |
Poesia/Amor | O amor chega doce | 0 | 2.223 | 09/24/2011 - 16:15 | Português | |
Poesia/Geral | Cão papel de jornal | 0 | 2.356 | 09/24/2011 - 12:18 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Cada um escolhe o amor | 2 | 1.780 | 09/23/2011 - 17:07 | Português | |
Poesia/Fantasia | Um passo de amor | 1 | 2.868 | 09/22/2011 - 23:00 | Português | |
Poesia/Dedicado | Bebo de ti | 2 | 2.373 | 09/22/2011 - 22:58 | Português | |
Poesia/Gótico | O abismo da literatura | 0 | 2.285 | 09/22/2011 - 12:11 | Português | |
Poesia/Fantasia | Um passo de amor | 0 | 1.667 | 09/22/2011 - 11:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | o sangue dos toiros | 1 | 2.669 | 09/21/2011 - 21:33 | Português | |
Poesia/Fantasia | A flor morreu | 0 | 2.704 | 09/21/2011 - 18:44 | Português | |
Poesia/Dedicado | A lingua dos vagabundos | 0 | 2.595 | 09/21/2011 - 15:14 | Português | |
Poesia/Amor | Se tenho o amor | 0 | 2.616 | 09/20/2011 - 18:31 | Português |
Add comment