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O homem triste sorriu!


Um homem caminhava pelas ruas ensolaradas

Ele carregava um semblante triste e desolador

A sensação era de que ele não conhecia a palavra amor

E nas ruas ele não observava a ternura das crianças

Elas brincavam e estavam a sorrir

Nem mesmo o sorriso delas conseguia lhe distrair!

Ele passava por lugares floridos

Não percebia que às vezes pisava numa linda flor

No mundo dele não havia nitidez e cor!

Insensível também a dor alheia

Olhava com ódio se alguém lhe estendesse a mão

Carregava um coração endurecido,

sem nenhuma emoção!

Nem mesmo um arco Iris possuía beleza

Ele só enxergava nuvens escuras

Estava vivendo momentos de loucura!


Ele padecia ao ver imagens que surgiam do passado

Ele destruía o presente com lamúrias de outrora

E fatalmente assassinava o futuro a toda hora!


Nem mesmo um lago parado conseguia lhe acalmar

Neste desenho ele enxergava ondas imensas

E o que era sublime ele tratava com indiferença!

Ele não olhava a claridade das estrelas

Não observava a chuva umedecendo a terra

A sensação é que ele estava a caminho da guerra!

Introspectivo, ele andava num terreno só dele

Onde habitavam os monstros do passado

Preso por algo sem conserto, num mundo perdido e alienado!


Ele dava as costas para o sol

E rejeitava o que era belo

Ele pressentia que estava ficando cego!


Ele rezava todas as noites à procura de socorro

E ao rezar o raciocínio dele caminhava para a escuridão

Ele se entregava as mágoas que lhe habitavam o coração!

Certa noite ele dormiu rezando

Sonhou que a morte havia chegado

E que tinha perdido tudo e que estava sendo enterrado!

No desespero ele quis ver o sol nascer de novo

E desejou enxergar o sorriso de uma criança

Ironia do destino,

pois o fim reascendeu-lhe a esperança!


E no sonho ele clamou com receio da morte lhe abraçar

Ele se viu sucumbindo nas profundezas do adeus

E nesta hora ele implorou por Deus!

Já era de manhã quando ele finalmente

despertou de um sonho desvairado

Ele abriu a janela do quarto

e observou um pássaro voando no céu de anil

E aconteceu um milagre;

o homem triste sorriu!

Janete Sales - Dany

 

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quinta-feira, novembro 8, 2012 - 15:10

Poesia :

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Dany May

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