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O rumo que aponta a rosa dos ventos
Pode parecer que estou perdido
E não vejo o seu olhar na noite silenciosa
O que tira de mim a paz de outrora
Fazendo-me chorar na madrugada.
Lágrimas são feitas de vento
Que escorrem pela fenda da alma
Na solidão que teima em estar aqui
Para mostrar-me o quanto era feliz.
O rumo que aponta a rosa dos ventos
É mais distante do que meus olhos
Conseguem alcançar
Deitar-me faz em rochas frias
Onde os espinhos parecem estar a ferir-me.
Por que as angústias do dia a dia
Extrapolam a alegria de um sonho louco
E eu não posso ver-te nas nuvens
Que agora foram dissipadas pela tempestade?
Carregas em si a dor oculta do mundo
No silêncio lúgubre das madrugadas
Sem saber que a esperança daqueles olhos
Não passaram de uma triste lembrança.
Sabes o que pode definir a sua morte
E não tens a coragem de lutar contra isso
No escuro da solidão de um lamento
Deixa-se ser vencido pela ilusão de um sorriso
Que não pode mais dar alegria.
O que é que eu posso fazer com essa rosa?
Como posso entender esse mundo?
O meu coração sente as agruras de um amor
Que causa em mim esse desconforto.
Sentes o frio da madrugada sem saber o que fazer
E não pode ver o que se passa no meu coração.
Tudo isso foi desfeito pelo tempo
Em que deixou a incerteza tomar conta dos sonhos
E levar para longe tudo que um dia desejamos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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terça-feira, julho 28, 2020 - 12:56
Poesia :
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