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OLHAR-TE E VER COMO ÉS

Carrego nas costas o desgraçado
peso de um mundo acabado
como quem busca o perdão
num rosário mal rezado.

Caminhas descalça sozinha
deixas no chão as marcas que sigo
num tempo que não volta
nem me faz de esquecido.

escondo-me em ruas cheias de lembranças
onde o vento esbarra em emoções
apagas o sentimento
como quem apaga no papel corações.

Enraizo meu corpo dorido
numa morte permeditada
enquanto tu ficas a olhar o mar
numa cadeira plantada.

Ergo-me na cidade que ja não sinto
perco as recordações em goles de absinto
e tu?
tu ficas perdida
numa chuva de vida vivida.

Conto as gotas de água
que dos olhos rolaram como lembrança
enquanto me pesas com outros
na injustiça da tua balança.

Imagino-te deitada
ao lado dos contornos do meu corpo
e vejo as mãos envelhecerem
enquanto esperam o teu troco.

Abro uma porta que é de luz
onde te espero encontrar
e ao som de um vinil que em agulha gira
te pedir para dançar.

Acordo o teu corpo despido
para o prazer antes fingido
e faço um caminho sozinho
que me una ao teu destino.

Vou congelar o coração
para que não sinta por alguém
vou lembrar o teu corpo
como corpo de ninguém.

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segunda-feira, agosto 15, 2011 - 18:08

Poesia :

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Rui Afonso dos Santos

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