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Olharapos...
Foi...
Como verbo q encerra o passado em três letras,
impunemente,
sem se alargar em justificações,
sem ouvir perdões,
sem procurar razões...
Sem...
No realce do nada,
daquilo q não há,
que não dói,
não contem...
Não mói, nem toca,
ausência que provoca dor...
Dormência, anestesia...
Sono...
Abandono do que vicia...
E que...
Promete...
Mas não cumpre, nem sabe cumprir...
Remete ao silêncio...
Prefere mentir, ou fugir, ou virar costas,
ou ser cobarde, ou ser cruel...
Ou não ser nada...
E o nada volta a ser substantivo,
nome da revolta...
Ser?
O quê?
Um amor morto-vivo que me assombra?
Inês Dunas
Libris Scripta Est
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Poesia :
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Comentários
Re: Olharapos...
O olhar após a dor continua a doer, por um morto-vivo que assombra
Grande qualidade
bjos
Re: Olharapos...
Não mói, nem toca,
ausência que provoca dor...
Dormência, anestesia...
Sono...
E assim se vai conjugando...
bejinho
rainbowsky
Re: Olharapos...
Belíssima poesia. Imagens passadas, duvidas presentes, certezas futuras.
Abraço
Nuno
Re: Olharapos...
E nada volta a ser substantivo....
Lindissimo. Um poema forte e sonoro...
Oh, como gostei!
Re: Olharapos...
LINDO POEMA, GOSTEI DEMAIS!
FEZ ME LEMBRAR A LETRA DE UMA LINDA CANÇÃO, ONDE DIZ:
TUDO O QUE FOI SERÁ...
Meus parabéns,
Marne
Re: Olharapos...
No realce do nada,
daquilo q não há,
que não dói,
não contem...
Agora quem me deixou sem palavras foste tu!
Tens um trabalho poético fabuloso!!!
:-)
Re: Olharapos...
Um amor inacabado dentro do peito que quer dormir e não consegue. Um lindo poema que diz ao coração para virar as costas de uma vez... porque dói e o sabe! Foi...
Está maravilhoso, Inês.
Beijinho
Carla
Re: Olharapos...
..