CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
OS DIAS INDIFERENTES
QUINTA-FEIRA
1
Verdades
esvoaçam das casas
e se escondem
junto aos eremitas
pobres andarilhos
desacostumados
ao trânsito dos carros
e aos tiros com que são mortos
os pássaros
2
esvoaçantes seres
de altos gritos
singelos em suas cegueiras
eremitas estão presos
em vidas
interiores
onde verdades
hibernam.
(Pedro Du Bois, em A DIFERENÇA ENTRE OS DIAS)
Submited by
quarta-feira, junho 10, 2009 - 00:47
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1267 leituras
Add comment
Se logue para poder enviar comentários
other contents of PedroDuBois
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | LIVRES | 15 | 1.285 | 09/10/2009 - 17:47 | Português | |
Poesia/Geral | ESPAÇOS DESOCUPADOS | 4 | 1.365 | 09/07/2009 - 15:42 | Português | |
Poesia/Geral | CICLOS | 10 | 1.337 | 09/05/2009 - 19:24 | Português | |
Poesia/Geral | PORTAS E VENTOS | 2 | 984 | 09/04/2009 - 21:42 | Português | |
Poesia/Geral | BRANCO PÁSSARO | 6 | 626 | 09/01/2009 - 02:02 | Português | |
Poesia/Geral | TÂNIA | 6 | 1.108 | 08/26/2009 - 01:00 | Português | |
Poesia/Geral | CONSUMIR | 4 | 1.300 | 08/24/2009 - 02:14 | Português | |
Poesia/Geral | NÚMEROS RECONTADOS | 4 | 1.290 | 08/22/2009 - 01:02 | Português | |
Poesia/Geral | LETRAS | 8 | 1.161 | 08/21/2009 - 03:05 | Português | |
Poesia/Geral | LANCES | 6 | 1.279 | 08/20/2009 - 13:41 | Português | |
Poesia/Geral | NÍVEL | 6 | 1.383 | 08/17/2009 - 01:29 | Português | |
Poesia/Geral | A AUSÊNCIA INCONSENTIDA | 4 | 946 | 08/16/2009 - 01:13 | Português | |
Poesia/Geral | RETRATOS | 6 | 749 | 08/15/2009 - 01:57 | Português | |
Poesia/Geral | JARDINS | 4 | 1.175 | 08/13/2009 - 03:53 | Português | |
Poesia/Geral | QUESTÕES | 2 | 857 | 08/12/2009 - 00:59 | Português | |
Poesia/Geral | DESCONSIDERE | 10 | 1.080 | 08/10/2009 - 20:41 | Português | |
Poesia/Geral | RAZÕES | 10 | 962 | 08/10/2009 - 17:59 | Português | |
Poesia/Geral | A MÃO QUE ESCREVE | 13 | 989 | 08/09/2009 - 19:12 | Português | |
Poesia/Geral | a Árvore pela Raiz | 6 | 1.320 | 08/08/2009 - 13:20 | Português | |
Poesia/Geral | CICLOS | 4 | 1.146 | 08/08/2009 - 01:58 | Português | |
Poesia/Geral | BREVES GESTOS | 13 | 961 | 08/08/2009 - 01:20 | Português | |
Poesia/Geral | NOMES | 6 | 1.199 | 08/04/2009 - 18:26 | Português | |
Poesia/Geral | A PEDRA DESCORTINADA | 2 | 1.189 | 08/04/2009 - 18:24 | Português | |
Poesia/Geral | DOS AMORES | 6 | 1.087 | 08/04/2009 - 18:23 | Português | |
Poesia/Geral | FLORES | 16 | 1.299 | 08/04/2009 - 18:18 | Português |
Comentários
Re: OS DIAS INDIFERENTES
Maravilhoso! "eremitas estão presos em vidas interiores onde as verdades hibernam"
Todos são assim as verdades dormem dentro do ser humano enquanto a vida se esvai.
Parabens gostei muito.
Re: OS DIAS INDIFERENTES
Este poema e o seu comentário sobre o nomear dos dias, lembrou-me uma citação de Al Berto que li aqui:
http://aarquitecturadaspalavras.blogspot.com/2009/06/nomear.html
"Ninguém possui verdadeiramente alguma coisa. As coisas do mundo pertencem a todos e, sobretudo, a quem aprendeu a nomeá-las. E eu já não consigo nomear nada. Não me lembro sequer de um nome que resuma o movimento desastroso dos dias."
De facto, as verdades são quase todas interiores e inomináveis. Gostei do poema.
Re: OS DIAS INDIFERENTES
as vezes tentamos nominar o inominável. e nos perdemos em repetições e indiferenças. seria do poeta a obrigação de dizer? ou desdizer? obrigado pela sua leitura e comentário. abraços, Pedro.
Re: OS DIAS INDIFERENTES
pobres andarilhos, desacostumados a esta prisão
Gostei imenso
Abraço
Re: OS DIAS INDIFERENTES
Caro Jopeman, o andarilho é o remanescente: tempos de definições e ofícios. por mais que caminhasse, poderia ser reconhecido pelo seu ofício aonde quer que chegasse. e hoje, quem é o andarilho: aquele que se esquiva de não ter um ofício. ou aquele que, por excesso de ofícios pode ser nefasto ao reducionismo.
obrigado pela visita e comentário.
abraços,
Pedro