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PÉROLA
Era uma concha.
Fechada em si mesma
Não dava conta de nada.
Simplesmente ali estava.
Fechada, entre rochas subterrâneas
Em águas paradas, esgotada,
A conchinha estagnava.
E assim, não sei se do nada,
Mas certamente por forças
Que ela própria buscara,
Emergiu e deu conta que flutuava.
Então nadou apressada.
Rumou sempre à tona da água
Até a uma falésia que se afigurava
Lá bem no fundo, no horizonte.
Quando finalmente chegou,
Espraiou-se e descansou.
Com o sol a torrar do cimo,
Devagarinho foi-se abrindo, abrindo…
E já toda aberta, podia ver-se a sua oferta.
Tinha para nos dar,
Não uma pedra,
Mas a sua pérola.
Dedicado a Carlos Conchinha, ministro da poesia 2009.
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Comentários
Re: PÉROLA
Uma pérola de poema para um poeta que merece a homenagem
Gostei bastante
Bjos
Re: PÉROLA
Gostei muito da figura da pérola!
Grandes beijos.
Re: PÉROLA
A concha não sabia que era ostra
E descobriu, quando se abriu,
Que de minúsculos grãos de areia
Fora feita a pérola que agora mostra
E que lhe ficou incrustada na veia.
Bjo. grande, amiga.
Re: PÉROLA
Olá.
Um dom a desabrochar...
Gostei muito da ondulação ritmica que acompanha a pequena história simbólica.
Abraço.
Re: PÉROLA
Um olá tardio, mas um olá!
Uma pequena história simbólica
Para homenagiar o poeta
Que ultrapassou primeiro a meta
Pois seu versejar enfeitiça.
Gostei do comentário.
Abraço
Re: PÉROLA
GOSTEI, LINDA HOMENAGEM!
Marne
Re: PÉROLA
Obrigado, Marne.
Você gosta sempre de minha poesia.
Bjos
Re: PÉROLA
Como pérola oferecida. Gostei. Abraços, Pedro.
Re: PÉROLA
Sorry I'm late.
Foi um gesto de concorrente para concorrente.
Obrigado pelo comentário, Pedro.
Abraço