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PALAVRA NÃO IMPRESSA

Não havia palavra na folha a ser impressa.
Havia uma ansiedade procurando a rima.
Havia uma ideia capital que morava nessa
poetisa amorosa, inocente e assassina.

Na folha a ser impressa, palavras... jamais.
Somente a intuição que vinha lá de cima.
Havia uma procura demoníaca e fugaz;
uma corrida insana à cata de uma rima.

Uma palavra ganhou vida e podia ser impressa,
e como rebento novo no papel apareceu.
Mas, como não havia uma rima para essa,
a poetisa a matou e ninguém a conheceu.

Era palavra de amor, saudade ou perdão?
Ou seria inexata, utópica, ambígua, irreal?
Enaltecia a vergonha, o suborno ou a prisão?
Poderia ser usada para o bem e para o mal?

J. Thamiel
Guarulhos, SP - Brasil
01.02.2021
12h43min

Submited by

segunda-feira, fevereiro 1, 2021 - 19:33

Poesia :

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J. Thamiel

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Última vez online: há 34 semanas 2 dias
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Comentários

imagem de Ana Martins

PALAVRA NÃO IMPRESSA

Para mim o importante é a mensagem e a força com que ela é transmitida, claro que também escrevo com rima, mas tem que sair naturalmente, não busco palavras para rimar. Há por aqui poemas em que a rima se sente forçada, o que na minha humilde opinião, retira valor ao poema. Devo no entanto deixar claro que não é o seu caso.
Curiosamente, quando eu fazia questão de escrever com rima, era ainda estudante.
Gosto da fuildez das palavras e de sentir a sua força com ou sem rima.

Parabéns, gosto do que escreve!

imagem de Ana Martins

PALAVRA NÃO IMPRESSA

Bravo, excelente poema!
Já percebi que o J. Thamiel escreve quase sempre ou sempre em rima e, de facto, os poemas adquirem outra musicalidade, mas há muito que não faço questão de escrever com rima.

imagem de J. Thamiel

Eu escrevia também sem rima e

Eu escrevia também sem rima e sem ritmo
na é época do colegial. Quando comecei
a escrever textos para teatro, eu aprendi
a importância do ritmo.

Um dia, porém, eu estava no sítio dos meus
avós e comecei a reparar em uma borboleta,
que pousou no chão à minha frente, onde eu
estava sentado.

A minha respiração, (eu tinha bronquite)
coincidia com o abrir e fechar das asas
da borboleta; era no mesmo ritmo e o chiado
da minha respiração tinha sempre o mesmo
som. Eu, idiotamente, pensei: isto é uma
poesia, com ritmo e com riam.

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