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Poema sobre um taxi e um escarro que se saiu

Junto aos táxis
Os motoristas cigarros e falam de futebol
Ao lado fica um jardim por onde passam
Milhares, ou talvez menos,
Conforme o exagero
De cabeças baixas sem notar
O olhar vivo de um pardal
Que as observa num ramo de árvore
Ou o beijo de uma flor
Que se abre pela manha ao sol
Após uma noite bebida de jazz
Sem se importar com a força
Do seu bocejo
Ainda perfumado de gin-tonic

O escarro matinal
De velho de rua
Espalha sobre um lenço branco
Uma espessa mancha vermelha cuspida
Que seca e escurece
Tapando a luz dos olhos adormecidos
Que não vêem
Para além desta venda
Colocada por todos nós

O tilintar da bandeja de metal
Sobre a mesa do café
Onde escrevo estes versos
Ecoa sobre as paredes velhas
Senta-se nas cadeiras de madeira clássica
(é pá, já passaram 5 minutos e absorto, continuo
a olhar a bandeja,
prateada,
desnivelada,
a cantar)

Tudo se resume numa certa forma
De rostos e vozes
Gestos nunca pensados
Burburinhos
Tudo procura vida na humanidade
Para se sentirem bem
Mas esquecem-se
A humanidade sempre foi um cadáver
 

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quarta-feira, março 30, 2011 - 19:00
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