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Por azo ao flerte

Sonhar-te é deixar de ser igual
Fosse qual fosse o bosque do risco
Fosse como fosse desventurada
A trama de teus cabelos fios de teias
Delicadas entre dedos vivos nas mãos

O punho à mesa é pesadelo,
Mas sonho deixar o suicídio
Ver-te enlaçar a cintura até a silhueta da admiração

Dizer-te não custa caro

Havia de assoprar em cheio
Nos vaus de estibordo
Sem pena
Sem cena
Num atar de nó
Neste navio do toque com pressa de chegar

Avivar-te agora, mais do que nunca
Barreiras são deuses imperdoáveis
Ao lado da lama
Pode-se dizer
Que o Belo
Ainda há de se apagar,
Por isso
E nada mais que isso
Consome-se o produto
Antes de tal fato ocasionar

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domingo, novembro 20, 2011 - 01:10

Poesia :

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Alcantra

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