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Precipício

Precipício

Fui impedido de amar-te pela razão
Esta deformidade fria e obtusa
Que faz com que carregues o peito na cabeça
E anule sentimentos e desejos

Tens medo do inexplicável
E isto é o que faz de ti ser vulnerável
Mesmo com este denso envoltório
Que promove tamanha impermeabilidade sensorial

Queres dinheiro, queres prestígio
Pusestes uma meta limite
E até lá estarás correndo em direção ao precipício
Achando que acharás, enfim, a chave da felicidade

Renegas o abstrato pelo mensurável
Mas um dia a verdade estará ao alcance dos seus belos olhos
Aí, talvez, será tarde para perceber
Que aquilo que ofereço-te é amorfo e infinito
Porém o que buscas, é regrado, insípido e mesquinho

Bernardo Almeida

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segunda-feira, fevereiro 28, 2011 - 02:18

Poesia :

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Bernardo Almeida

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