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A prova de que a dissimulação existe

Quero beijar-te como quem quer tudo
Beijo como o primeiro que nunca esquece
Como se de repente parasse o mundo
Quero tudo como se tudo merecesse

Te esgotasse num beijo que me traz do fundo
Queima brando como se matasse

Quero beijar-te como quem quer tudo
Como se de repente parasse o mundo
Como se por tudo ver clarear, ficasse mudo

Quero tudo como quem merece
Como se do último beijo se tratasse
Ou como o primeiro que nunca esquece

Se a ânsia bastasse para reconheceres o querer
Não estaria como vara verde, agora que te vejo
Como criança tremendo espera, o doce num beijo

Quero beijar-te como quem te quer tanto
Que só de te supor perto me levanto
Sem precisar saber se vens, se vou ou se vamos

Eis-me de repente não mais do que isso
Tendo tudo sem que sequer tempo me falte
Suplico apenas que te lembres disso
Se um dia, de bater, meu coração se balde

Eis-me senão quando,
Sobre ti, que a tudo estou atento
De repente querendo tudo
Tocar-te querendo tanto…

Ainda mais louco por ti seria
Se contigo estar hoje quisesse
Mais do que isso sei que estaria
No dia em que sem mim viver não soubesses

Amo-te tanto e com tal calor
Que se alguém disser amar-te mais
Sou capaz de cantos tais
Que sem mais quês ou pranto
Pressentirás teu, o meu amor

Amar-te-ei sempre que olhos
apenas para mim tenhas
Para os meus corras assim
Braços e peito de ti ansiosos
Que para ti se abrem sempre
Apenas acenes e te encostes, enfim

Quero beijar-te como quem te quer tanto
Que só de te supor perto me levanto
Sem precisar saber se vens, se vou ou se vamos

Se a ânsia bastasse para reconheceres o querer
Não estaria como vara verde, agora que te vejo
Como criança tremendo espera, o doce num beijo

Agora que pensavas não estar já aqui
Quero tudo, como te quero num beijo
Beijo-te como se o ultimo beijo desse
Sem que disso, antes, meu espírito soubesse… 

Se ao ouvido teu, soprar eu pudesse
Gostar de ti, confessando soletrasse
Poderia tanto qual rei se tratasse
Assim rainha minha querer ser, tu quisesses…

Não, poder não é como se quisesse
Porque se poder fosse o tanto querer 
Que de ti sinto ter por uma flor
Ao teu ouvido sopraria agora, se pudesse:
Como gosto de ti, meu amor…:))))

Desculpa a presunção… Apenas porque me sinto encantado…
Sim, pela sensibilidade à flor da pele e, também muito, pelo espírito elegante que te adivinho. Percebo-o nas expressões… Do olhar e sorriso que me fixam e na forma como te saem as palavras, no sentido que ganham, rastilho autêntico para quem sonhar não resista… Daquelas elegâncias que apetece tocar de perto, porque raras e porque intuímos, no primeiro instante, que nos tocarão irremediávelmente…

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sexta-feira, fevereiro 24, 2012 - 13:00

Poesia :

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maria azevedo

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