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QUANDO TUDO FALTA




Quando tudo falta

 

Tudo serve quando tudo falta,

E a nossa memória se exalta,

O engenho vem ao de cima,

Desde que nada se reprima.

 

Quando perdemos o que tivemos,

Damos-lhe valor e aprendemos,

A saber a falta que nos faz,

As coisas que ficaram para trás.

 

Não sabemos dar o valor,

Quando temos o nosso amor,

E se um dia ele desaparece,

Ficamos tristes e a alma escurece.

 

Pequenas coisas fazem um monte,

Quando as temos esquecemos a fonte,

Mas selas desaparecem,

Sentimos a falta e nos entristecem.

 

Muitas vezes nos arrependemos,

De já não ter o que perdemos,

O tempo que passa já não se vive,

Apenas pensamos e se revive.

 

De tudo o que jogamos fora,

Um pedaço de nós mandamos embora,

Mas se um dia perdermos tudo,

O que jogámos fora voltava a uso.

 

Agora que temos tanta fartura,

Esquecemos os momentos de amargura,

Que nada tínhamos a não ser o corpo,

O tempo que passou é tempo morto.

 

As voltas que damos no tempo,

Elas ficam no pensamento,

Mas do que temos não falamos,

E quando nos falta nos lembramos.

 

A memória é curta demais,

De quem fez bem não vos lembrais,

Ficou esquecido no tempo,

Desapareceu do pensamento.

 

Fora com a ingratidão,

Quem a usa não tem perdão,

É bom nunca esquecer,

De quem nos amou e fez viver.

 

 

Tavira, 20 de Setembro de 2011-Estêvão

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domingo, agosto 25, 2013 - 15:58

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José Custódio Estêvão

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