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Sóbria de mim
Vá lá alguém fazer de si próprio confidente
Dar um voto de confiança à propria sombra
Há uma instância onde corre um grito infecto
alma ou comarca que atraiçoa toda uma esperança
Já me evadi, sou foragida, fora de lei
faço valer a minha voz aos quatro ventos
Essa sou eu, sem máscaras, sem subterfúgios
Resido só no vale da alegria e autenticidade
no respeito por mim mesma e pelo alheio
Se saio ilesa de tamanha mesquinharia
da subtileza das palavras vãs e amorfas
É porque não me importa a imagem que têm de mim
tudo o que eu quero, é ser sóbria de mim
e ler a paz nas alegações finais
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
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Poesia :
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Comentários
Re: Sóbria de mim
O grande bater o pé na auto confiança de ti própria com muita segurança e maturidade.
Adorei
Beijinho
Carla
Re: Sóbria de mim
Somos o que somos e como somos e nada mais importa.Que importa o que os outros acham de nós? São eles que vivem com o peso das nossas decisões ou indecisões? São por acaso eles que t~em de conviver com o nosso eu segundo a segundo? Não, não são...por isso dane-se o que dizem de nós! Importa isso sim o que faz de nós o que somos, a nossa essência, o nosso ser...quem não vir isso...não sabe ver com os olhos do coração.
Re: Sóbria de mim
"Se saio ilesa de tamanha mesquinharia
da subtileza das palavras vãs e amorfas
É porque não me importa a imagem que têm de mim
tudo o que eu quero, é ser sóbria de mim
e ler a paz nas alegações finais"
Porque não ha pior castigo do atentar contra a tranquilidade na nossa propria consciencia...
Gostei imenso do teu poema, Nanda, trazes sempre uym grito q nos acorda!
Beijinho grande em ti!
Inês
Re: Sóbria de mim
Nada melhor que sermos verdadeiras em nossas próprias definições, e vc o fez muito bem, com coragem. Grande abraço
Re: Sóbria de mim
Nanda, muito bom, o seu poema,
tal como eu acho a postura, que
define nele. Gostei muito.
:-)