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Sobre a Solidão Destes Meses Aflitos...
Hoje acordei com o passado amanhecido
Enegrecido entre o peito e os ossos recolhidos
Retraídos pelo espectro apodrecido
Do teu espelho em meu reflexo,
Que recobre o exagero disperso
Ainda com certa precaução
De descobrir algumas formas
Para os dissabores da contradição:
Um brinde à falta de glórias.
Pois bem, enquanto o dia degrada
Todo um pântano de memórias
São tantas histórias mortas
E o que me resta?
Ladrilhos efêmeros
Do teu abraço enfermo
Coroando com desespero
Os retalhos D'um amor vomitado,
Sob os termos da distância
Mil e tantos beijos abortados
Velados e enterrados
Cultivados em terra oca
Sem nem ao menos
Uma canção rouca
Que sacrifique com dignidade
Nossos retratos
E todas as velhas cousas...
Fragmentos apócrifos
Rosas negras em nossas roupas
Não importa
Certamente
Neste solstício inacabado
Eu continuo com as sobras
Cravando covas em minhas horas
Pois, a ferida etérea que sangra
Não cicatriza tantos meses doentes
Nem ameniza o conflito presente
Que carrego comigo
Todas vez que reflito, intermitentemente,
Sobre o título destes versos aflitos.
(...)
Mas, ao contrário,
Por mais que eu escreva,
Não há mais destreza,
Somente palavras tortas e incertezas...
A fala some,
A alma dorme
E neste poema-relicário
Vejo uma espécie de confessionário:
-Teu nome ainda está em meu armário.
Seria um poema dedicado, porém a tristeza é o sangue que dá vida ao seu corpo.
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Comentários
Re: Sobre a Solidão Destes Meses Aflitos...
Lindo poema triste e dedicado.
Parabens.
Re: Sobre a Solidão Destes Meses Aflitos...
malentacchi!
Sobre a Solidão Destes Meses Aflitos...
Mas, ao contrário,
Por mais que eu escreva,
Não há mais destreza,
Somente palavras tortas e incertezas...
A fala some,
A alma dorme
E neste poema-relicário
Vejo uma espécie de confessionário:
-Teu nome ainda está em meu armário.
Seria um poema dedicado, porém a tristeza é o sangue que dá vida ao seu corpo.
GOSTEI,
MarneDulinski