Sorte

Perto e longe
busco a mão da derradeira sorte
tendo mais que certa a morte
vejo subtraírem-se os dias, somando-se
causas e danos que me levarão.
Não haverá mão que salve... não!
E se pretendesse fazê-lo.
Porque viveria neste descontente desmazelo?
Nesta estranheza de mim
quase procurando um suicídio velado
não estando bem em nenhum espaço
ou bocado de chão.
Sangro por dentro, murcho por fora
ensandecida pela expectativa
da maldita e derradeira hora que a tal sorte
ditará
Nada haverá que me salve... nada há.
 

Sindarin