CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Strange XV - A morte que não foi
Bebi todo o oceao e todo ele não enchia um copo
transparente ou um mundo de glícinias e razões,
o sal que muitas vezes se abria nos cabelos doces
aqueciase junto da pele e da neve, esperando à luz
de candeeiros as ondas chorando a imagem do rosto
em que cresci da terra até ao topo das emoções.
.
Mesmo não enchendo um copo pesavame toda essa água
como se tivesse sido amaldiçoada por todas as espécies
que sobreviviam dentro de mim;
lentamente afastandome da presença, junto do copo vazio.
.
E olho mais atentamente e o mar ainda rebenta na areia
agora. Foi a água em que me ia afogando
que me pareceu todo o vasto oceano.
.
O copo era eu dentro da água transparente,
as glicínias a as razões, as lágrimas e as certezas;
afundava me nas águas e por isso o sal abria me.
a pele arrefecia porque aneve tapara a luz das estrelas...
.
O rosto coberto de acndeeiros chorava nas ondas da terra
porque descia ao abismo de todos os silêncios
em que a água silenciosa era um animal vivo e feroz
para o qual não me tinha preparado eficazmente.
.
Hoje guardo as memórias da minha morte
que não chegou a sêla , porque: o copo, eu próprio
dentro dele, o topo, a imagem, as ondas, os candeeiros,
e tudo o mais que se ia afundando
derame alguns segundos para aprender a nadar
pensando que a água que engolira
e que não enchia o copo
era de facto todo o oceano.
Quando não era.
rainbowsky
2002
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 754 leituras
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Desilusão | Na dobra dos beijos | 4 | 3.319 | 03/13/2018 - 16:46 | Português | |
Poesia/Tristeza | Aquela outra lágrima | 11 | 2.274 | 03/10/2018 - 10:42 | Português | |
Poesia/Dedicado | Posso falar-te... | 4 | 2.194 | 03/08/2018 - 18:10 | Português | |
Fotos/Outros | Grito de melancolia | 1 | 4.665 | 03/08/2018 - 18:10 | Português | |
Poesia/Tristeza | Escreves ou não? | 5 | 2.306 | 03/08/2018 - 18:08 | Português | |
Poesia/Tristeza | Frieza | 3 | 2.541 | 02/27/2018 - 09:52 | Português | |
Poesia/Intervenção | Gestos relevantes | 1 | 2.078 | 01/31/2012 - 00:02 | Português | |
Poesia/Tristeza | Mais que uma viagem | 1 | 2.860 | 12/27/2011 - 00:44 | Português | |
Poesia/Desilusão | Volátil - Parte III de III | 2 | 2.136 | 12/22/2011 - 14:59 | Português | |
Poesia/Desilusão | Volátil - Parte II de III | 2 | 2.760 | 12/22/2011 - 14:41 | Português | |
Culinária/Bolos | TARTE DE MAÇÃ DO RAIN | 1 | 2.957 | 11/28/2011 - 01:34 | Português | |
Poesia/Desilusão | Volátil - Parte I de III | 8 | 2.431 | 11/23/2011 - 14:42 | Português | |
Poesia/Tristeza | Delírios | 1 | 2.420 | 11/08/2011 - 19:42 | Português | |
Poesia/Tristeza | A verdade chega | 3 | 2.787 | 11/01/2011 - 14:29 | Português | |
Poesia/Tristeza | A dimensão | 1 | 3.008 | 10/27/2011 - 21:31 | Português | |
Poesia/Tristeza | Formas difíceis | 3 | 2.699 | 10/25/2011 - 15:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | Sanguessugas transversais | 0 | 2.603 | 09/01/2011 - 21:12 | Português | |
Poesia/Tristeza | No avesso da alma | 2 | 3.635 | 08/20/2011 - 23:27 | Português | |
Poesia/Tristeza | Luz fugitiva | 2 | 3.600 | 08/15/2011 - 21:35 | Português | |
Poesia/Tristeza | VIOLA ODORATA | 1 | 3.823 | 08/06/2011 - 00:23 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Murmúrio e subtileza | 6 | 2.228 | 07/18/2011 - 19:44 | Português | |
Poesia/Tristeza | Sentimento | 2 | 2.954 | 07/10/2011 - 12:52 | Português | |
Poesia/Desilusão | Correndo para o abismo | 2 | 2.773 | 06/28/2011 - 00:52 | Português | |
Poesia/Meditação | O campo da alma | 4 | 3.100 | 06/14/2011 - 12:32 | Português | |
Poesia/Intervenção | Défice geométrico | 1 | 2.498 | 05/03/2011 - 22:49 | Português |
Add comment