Talvez um encontro

Quando te achei perdido no delírio do alento
Tragando teus sentimentos te deixando no desalento
Deixei-te vir a te mim te seduzi encantei-te e fugi
Conduzi-te ao desafogo do sentimento perdidos

Quando contesto teus sentimentos tua luxúria
Enfrentei como quem comanda o sonho e destrói a ilusão
De um qualquer que pela rua passa, em chagas da miséria
Chegaste ao sonho de poder ter-me, mas sangraste no choro

No lugar comum em todos comungam a vida
O solitário sóbrio do amanhecer a que ti pertence
Lugar comum da penúria da ilusão sentida e não vivida
Perdido esta em tuas entranhas de farpas, já sangradas

No mundo, que ora urge lá fora na dor do desencontro
Eternamente veras o horror, pois te contesto e contestarei
Jamais te afirmarei que ilusão deves ter, pois perdidas estão
Estarás na inércia do lugar comum dos inertes da ilusão perdida