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Velhice

Olhei para meus pés, e vi,
que estavam cansados e ressecados,
como uma árvore que perde a raiz.

Olhei para minhas pernas,
e as vi, tão singelas,
sem sustentação,
já não eram mais como a coluna,
de uma edificação.

Olhei para as minhas mãos,
e as vi, tão frágeis e trêmulas,
entre os dedos os edemas,
contraídos por bengalas.

Olhei para o meu rosto,
e vi, cada ano estampado,
desenhado pelas rugas,
como um campo arado
preparado para o plantio.

Na cabeça a calvície,
era como uma planície
castigada pelo tempo,
e um troféu para muita gente
conquistado na velhice.

Poesia pertencente ao livro "As Borboletas não choram que será lançado dezembro próximo. registrado na fundação biblioteca nacional.

Submited by

domingo, outubro 11, 2009 - 23:31

Poesia :

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CleberPaschoal

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Comentários

imagem de jopeman

Re: Velhice

Bom poema
O caminho pelas alamedas do envelhecer
Gostei bastante
Abraço

imagem de FlaviaAssaife

Re: Velhice

CleberPaschoal,

A velhice chega para todos e a forma como a encarmos faz toda a diferença... Gostei imenso de como a descreveste neste belo poema!

imagem de MarneDulinski

Re: Velhice

CleberPaschoal!

Velhice

Muitos sonham em chegar a velhice, lutam, fazem de tudo mas soçobram em seu intento, desse navegar da vida,por todos muito querida e a velhice com saúde chegar!
Quem chega lá nesse estágio, deve se orgulhar, porque poucos vão chegar!
Por isso, profissionais da saúde todos os dias alertam, para o bom alimentar e boas caminhadas dar!
Orgulhoso deve estar, quem na faixa de idoso chegar, e ainda poetar!
MarneDulinski

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