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Versos Para o Purgatório da Vida
A marcha fúnebre do meu coração ecoa,
Entre a tristeza crua e desmedida,
Que fere a posteridade da minha partida,
E faz sangrias na Realidade que entoa,
Mais que a sífilis destas tristes melodias,
Mais que a repetição envenenada dos meus dias,
O vazio pretenso ao asilo da existência,
Fomenta o purgatório de tantas noites sem essência,
Quando Eu assisto a inefável destruição da Vida,
Costurando o eco das minhas lástimas na ferida
Que adquiri junto ao tempo, do Caos invicto
A instância da dor, meu dissabor é convicto,
Se a romaria doente que me segue com louvor
Definitivamente aplacar a espera pela eternidade,
Talvez este vácuo no peito seja uma espécie de felicidade,
Pois, é na obscuridade úmida do Fim que busco calor.
Eu agradeço todos que seguem meus poemas, lendo-os, comentando-os, muito obrigado!
E (in)felizmente, sei bem que minha "poesia" mescla o cheiro do esgoto com o hábito do necrotério. Por vezes até gostaria de ditar alguns versos que reclamassem à beleza da Vida, do Universo, todavia, não é sempre que enxergo tais atributos(que tantos apreciam com veemência na humanidade). Então, esta é a vazão para adormecer meus demônios: o hábito do verso. Já dizia o grande Poeta Jorge Luís Borges:
"Aos outros todos resta o universo;
a minha penumbra, o hábito do verso."
Forte abraço a todos,
Samuel Malentacchi
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Comentários
Re: Versos Para o Purgatório da Vida
Se a romaria doente que me segue com louvor
Definitivamente aplacar a espera pela eternidade.
belo teatro de versos purgando a vida!!!
:-)
Re: Versos Para o Purgatório da Vida
Malentachi!
Mesmo não concordando com os temas de seus Poemas, gosto de lê-lo por ser muito inteligente tuas Poesias!
Claro que gostaria de vê-lo alegre, feliz com a vida, com novas esperanças para o mundo, criticando o que realmente está errado e como tem erros!
Mas ninguém muda ninguém, só as pessoas que se mudam, querendo mudar, nós leitores temos que aceitar as opiniões de todos, o mundo não é só nosso!
Meus parabéns sempre, mesmo não concordando com algo, mas respeitando sempre o grande Poeta!
Um abraço,
Marne