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A VOZ COMO CAMIÃO NA AUTO-ESTRADA DOS OLHOS


Flutuo,
entrego-me ao voo do pensar.

Desapareço por aí por onde quero estar.

Vertigem que me embriaga.

Imensa vaga
como adaga na carne da ilusão.

A voz como camião
na auto-estrada dos olhos.

As mãos em contramão.

As palavras como vento
nas espigas douradas dos meus lábios.

O amor como escravo das minhas vírgulas.

Flutuo… CAIO MORTO!

Sinto-me doce. Infinito.

Estou louco,
trato por tu o senhor fogo.

Cabe o mar na ponta da minha língua.

Trago a lua escondida
debaixo das unhas do meu poema.

Unhas que arranham o invisível.

Que cinzelam as lápides do impossível.

Flutuo…
 

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sábado, julho 30, 2011 - 20:45

Poesia :

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Henrique

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