CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
À sombra das tua palavras, eu amei e sofri - fim do 1º capítulo
Com o passar destes anos sempre falámos, mas não comunicámos. Perdemos tempo com coisas banais tipo conversa da treta e nunca transmitimos o que queremos para o nosso futuro. Não nos demos a conhecer. Em suma, embora tu soubesses o que eu pretendo, nunca deste a demonstrar que pretendias o mesmo. Chego a perguntar porque caminhaste ao meu lado sem nunca te abrires comigo.
Dizes que és um solitário, ok tudo bem! Mas num relacionamento tem de haver diálogo, e nós não tivemos. Sabes amor, eu via os dias a passar e nada entre nós se realizava , nada se concretizava. Apenas o vazio contrabalançava com o amor que sinto por ti.
Falavas-me dos teus sobrinhos; que ias aqui e acolá com eles enquanto eu aqui pensava porque não falavas do que queres, não falavas dos teus sonhos por realizar e das conquistas que ainda queres fazer. Vi passar o tempo, que tantas vezes pediste, e a tua ideia de comprar casa há anos e nunca o fizeste até hoje. Relembro as minhas condições impostas em Janeiro de um ano passado e nos meses todos que se passaram, ainda não fizeste nada para tentar cumprir uma delas. Nem voltaste a falar sobre o assunto. O teu tempo e o teu silêncio foram a causa do meu vazio e da minha tristeza. Chego a pensar por vezes que é melhor não te amar do que continuar assim. Mas aí o meu peito apertava tanto que me via sufocar com a dor imaginária de não te ter.
Respiro-te, e cada poro da minha pele precisa do teu toque. Se eu conseguisse descrever por palavras o quanto te amo, poderias ver o mundo de cores alegres e berrantes que brilham e alimentam este amor por ti. Mas ao mesmo tempo, o teu silêncio e relutância em falar sobre nós, turvaram esse mundo onde apenas eu vivi e vivo esse amor por ti.
Apaixonei-me pela tua figura e pelo pouco que me mostraste de ti. Vi-te com o coração e não com os olhos, aliás o que os meus olhos viram foi iludido pelo vazio que por sua vez originou o ciúme do tempo que dedicas aos teus amigos.
Muitas vezes me senti só, a precisar de ti para me animar e houve sempre alguma coisa do teu lado que te afastava de mim. Explodia e discutia contigo porque te amo com todas as forças do meu ser, e nestes anos todos não tenho nada de teu; nada de concreto. Apenas palavras com promessas e promessas por realizar.
Criámos um círculo vicioso entre nós e fomos tecendo teias que nos levaram a este ponto. Ao ponto de termos medo de nos abrirmos um com o outro e nem nos apercebermos que nos estávamos a destruir.
Sempre julguei que tinhas vergonha de mim. Manteres-me á distância, num silêncio absoluto, quase em segredo, era como se eu fosse uma sombra na tua vida.
O facto da tua amiga especial ter passado na minha vida foi um erro pois apercebi-me que te abriste com ela e nunca o fizeste comigo. Aliás, sei que te abriste com os teus amigos e nunca foste capaz de o fazer comigo. No entanto admito e reconheço que por vezes é muito mais fácil falar com os outros mas e sobre o nosso nós, o nosso EU? Quem deveria falar? Nós ou os outros?
Admito e sei que posso perecer-te complicada com esta coisa da “EU” e “ALMA” , mas acredito plenamente que eu sou duas: Matéria e essência.
Este eu aqui é a minha essência que sente, é ela que tem vindo a sofrer, e muito, sempre que te voltaste ao silêncio e me recusaste as respostas.
Sempre que precisei de um carinho teu e não o tive, sempre que te disse que tenho saudades tuas e não me respondeste, sinto-me infeliz por te amar e infeliz por não te ter.
E na verdade nunca senti que te “tinha” porque nunca houve diálogo e facilidade de comunicação sobre nós. E sempre fizeste de tudo para me afastar de ti. E irás continuar a afastar até nem a amizade restar.
Muitas vezes quis falar ao teu coração, até que descobri que nem sabes onde ele fica.
E eu, esperando por ti, fiquei sentada a chorar, vendo apenas o tempo passar, com a sombras das tuas palavras a toldar-me o olhar.
Maria Escritos
© Todos os direitos reservados
http:((escritosepoesia.blogspot.com
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 630 leituras
other contents of MariaEscritos
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Paixão | Psiquê | 3 | 434 | 03/06/2010 - 03:00 | Português | |
Poesia/Erótico | Sonhos de um corpo nú | 6 | 461 | 03/05/2010 - 22:36 | Português | |
Poesia/Erótico | Pétalas do meu desejo | 2 | 488 | 03/04/2010 - 01:22 | Português | |
Poesia/Meditação | Às vezes, com amor | 6 | 430 | 02/25/2010 - 17:10 | Português | |
Poesia/Paixão | Versos no meu corpo | 6 | 500 | 02/25/2010 - 13:53 | Português | |
Poesia/Paixão | Quebranto de amor | 7 | 456 | 02/23/2010 - 12:32 | Português | |
Poesia/Erótico | Indelével | 2 | 462 | 02/23/2010 - 12:28 | Português | |
Prosas/Tristeza | Fénix | 1 | 640 | 02/08/2010 - 00:36 | Português | |
Prosas/Contos | A cidade mágica | 1 | 568 | 02/08/2010 - 00:26 | Português | |
Prosas/Lembranças | Memórias | 1 | 482 | 02/08/2010 - 00:14 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Primeiro beijo | 2 | 542 | 02/08/2010 - 00:11 | Português | |
Prosas/Contos | Quando vires uma estrela no céu... | 2 | 526 | 02/07/2010 - 22:12 | Português | |
Poesia/Tristeza | Sem sombra e sem luz | 6 | 394 | 01/30/2010 - 11:16 | Português | |
Poesia/Tristeza | Fachada | 2 | 444 | 01/28/2010 - 14:16 | Português | |
Poesia/Amor | Raizes da minha alma | 2 | 444 | 01/28/2010 - 01:34 | Português | |
Poesia/Erótico | Toca-me | 7 | 432 | 01/27/2010 - 18:18 | Português | |
Poesia/Geral | Era uma vez outra história | 6 | 440 | 01/27/2010 - 11:26 | Português | |
Poesia/Paixão | Espero por ti | 2 | 419 | 01/27/2010 - 04:48 | Português | |
Poesia/Amor | Prisioneira | 5 | 403 | 01/27/2010 - 00:37 | Português | |
Prosas/Tristeza | Eco do pensamento | 0 | 497 | 01/26/2010 - 21:56 | Português | |
Poesia/Erótico | Tu | 6 | 460 | 01/26/2010 - 19:42 | Português | |
Prosas/Tristeza | Como dizer adeus ao adeus | 2 | 687 | 01/26/2010 - 14:10 | Português | |
Prosas/Fábula | A fábula da rosa e do humano | 1 | 713 | 01/26/2010 - 14:07 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Fragrância de mim | 0 | 505 | 01/25/2010 - 22:15 | Português | |
Prosas/Saudade | Esta noite | 1 | 693 | 01/25/2010 - 16:51 | Português |
- « início
- ‹ anterior
- 1
- 2
- 3
Add comment