CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
As adagas q amamos...
A princesa esbatia-se, como maquilhagem mate...
Nada lhe trazia os sabores adocicados dos sonhos, nada a convencia a soltar rédeas, a abrir portas, a abraçar fantasias de janelas sem persianas reflectindo o sol em todo o seu esplendor...
Os príncipes queriam aprender a ama-la, ofertando-lhe bouquets de atenções, perfumados com carinhos e desejos...
O reino era fértil em príncipes semi-perfeitos, apaixonados, sonhadores, de braços fortes e corpos transpirando um prazer que se adivinhava intenso...
Mas a princesa tinha desaprendido tudo o q se prendia com castelos encantados, não acreditava q os príncipes fossem capazes de amar algo q não se prendesse com linhas e curvas enlaçadas sobre si mesmos...
Fazia festas nos rostos, deslizava afagos pelas almas, amava-os em silencio mas sempre a uma distancia confortável, sabia q todos os príncipes possuem adagas...
Já em tempos, houvera um dia em q a princesa ousou quebrar esse conforto delimitado por um vidro invisivel...
Houve, então, um príncipe q subiu à torre dos seus sentimentos, abraçou-a de costas, cheirou-lhe a pele, acariciou-lhe os cabelos, tomou-lhe os seios dos sonhos e bebeu-os de um trago, matando a sede q o torturava...
A princesa nem teve tempo de resistir, deixou-se amar, pensando q se alguém tinha subido até ali, à torre íngreme e escorregadia do seu sentir, só podia merecer receber aquele amor q tinha guardado tanto tempo, com tanto empenho e medo...
Entregou-se, rendida, pensou q podia permitir-se amar...
Foi quase feliz nessa sua suposta liberdade, descobriu q o vidro era frio e por mais transparente q fosse nunca permitia conhecer o toque da realidade...
Abraçou a sua efémera loucura julgando q as princesas têm direito a finais felizes, só q tudo o q encerra alguma coisa nunca se digna ser feliz...
Hoje sabe que todos os príncipes possuem adagas, porque o seu corpo esta cravejado de cicatrizes de punhais, sabe também q o vidro q nos veste é fino de mais e o nosso anseio de o quebrar é a nossa maior fraqueza...
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 662 leituras
Add comment
other contents of Librisscriptaest
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Outros | Fita solta... | 0 | 737 | 12/16/2009 - 13:01 | Português | |
Poesia/Amor | L’ame immortelle cherche toujours le poême parfait…. | 2 | 625 | 12/16/2009 - 03:20 | Português | |
Poesia/Geral | O tempo do tempo que se perdeu no tempo... | 4 | 666 | 12/16/2009 - 02:29 | Português | |
Poesia/Amor | Coreografia improvisada... | 3 | 737 | 12/15/2009 - 03:27 | Português | |
Poesia/Tristeza | As lágrimas frágeis de um caçador perdido... | 5 | 848 | 12/13/2009 - 23:50 | Português | |
Prosas/Outros | A prisão envidraçada... | 0 | 720 | 12/13/2009 - 23:22 | Português | |
Poesia/Paixão | Olha-me nos olhos... | 3 | 766 | 12/13/2009 - 22:49 | Português | |
Prosas/Outros | A princesa que não queria ser rainha... | 1 | 964 | 12/13/2009 - 21:22 | Português | |
Poesia/Paixão | Ir ao quadro... | 4 | 949 | 12/13/2009 - 02:40 | Português | |
Poesia/Paixão | O sangue da rosa... | 1 | 2.345 | 12/13/2009 - 00:12 | Português | |
Prosas/Outros | Não chores princesa caramelo, acende a luz... | 1 | 781 | 12/12/2009 - 23:47 | Português | |
Poesia/Paixão | Kiele Aloha | 3 | 4.005 | 12/12/2009 - 16:44 | Português | |
Poesia/Amizade | Mea Culpa... | 5 | 659 | 12/12/2009 - 12:17 | Português | |
Poesia/Paixão | Quinto elemento... | 4 | 633 | 12/11/2009 - 14:33 | Português |
Comentários
Re: As adagas q amamos...
É lindoooooo *.*
não ha mais? é que li e reli e voltei a ler!!!!!!!!
ADOREI SIMPLISMENTE
bjo
Re: As adagas q amamos...
Bela demais. Esta princesa por acaso comprou uma cobertura na torre e ficou lá em cima olhando a vida binóculos? Pois é... eu conheci uma princesa que cobriu o corpo com uma fina camada de vidro, e sempre que tomava banho tilinva, bom era vê-la nua à luz da poesia, refratava a luz dos afetos em arco-ires de veros espalhados pelo ar. Pena que morreu cedo, intoxicada pela solidão.
Beijos amiga, adorei ler.
Re: As adagas q amamos...
Que prosa tão bela e tão sentida! Quanta amargura nas palavras tão bem estruturadas, mostrando um peito ferido, que tenho fé, vai se recompor...Abraços
Re: As adagas q amamos...
Muito, mas mesmo muito bom.
O regresso das Purpurinas.
Lindissimo de ler.
Gostei bastante Libbis