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Alguem te olha os olhos escuros

Vêm alguém e pergunta quem és? E tu desejas que ele te olhe os olhos escuros. Não há uma resposta imediata, por de trás da janela há aquela árvore magra, o teu pensamento fixo naquela verticalidade que sobe do chão á cabeça, dos pés á linha da coluna. Tu és o que vês de fora, a árvore ou a pedra, o cavalo ou o papel. É de dentro que tu organizas a existência, os olhos fixam, gravam interiormente a primeira forma ou o primeiro conteúdo em que a poesia está implícita no teu prazer primitivo. Tu és o bruto animal, o perfeito animal para o amor, tão salgada a tua língua que cai de uma boca alta para a curva de uma perna provocante.
Vêm alguém e pergunta quem és? E tu em silencio giras e parece que é o mundo que o faz e não explicas nada. O que é que aquela árvore por de trás da janela pode explicar?! No fundo todos precisamos de teorias para acreditarmos na eternidade.
Vem alguém e pergunta quem és?
Destapa uma nuvem e desenha um coelho, a seguir te oferece um catálogo da play boy e tu sentes um vento forte nas tuas meias de seda e tu assoas o nariz com esse lenço, acenas para o fantasma da Florbela e para o pessoa que emagreceu dez quilos e a sua barriga parece um papel engomado com todas as palavras dos seus heterónimos. Vêm alguém e pergunta quem és e tu desejas que ele te olhe os olhos escuros, os teus olhos são pretos, não há magia nisto de ter os olhos pretos ou de os ter de outra cor qualquer. Chegou-me ás mãos uma noticia incrível.”um homem sem olhos consegue ver Deus” incrível! Depois do poder do homem gramática o poder do homem sem olhos. Vem alguém e pergunta quem és? Quando te toca é a perguntar o que sentes. Não és um relógio de ouro, nem um carro de corridas, não te chamas Carolina nem te chamas Fátima, não usas um cronómetro no batom para contabilizares os beijos.
Sabes mamã a barbie escreveu um livro de poesia. Neste natal se alguém te perguntar quem és diz que és uma mentira, a mentira é um chocolate que faz mal á barriga.
Olha le-me um poema, na solidão somos todos inteiros e nos tornamos fortes, muito forte e muito únicos.

lobo

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segunda-feira, junho 14, 2010 - 19:00
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lobo

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