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Amigos, amigas e coisas!

Olá! Eu sou a Ana. Sou eu, quem vai ser o narrador, ou melhor, a narradora desta história. Bem, para vocês pode ser uma história qualquer, mas para mim não. Para mim, é a história da minha vida, pelo menos até onde a vivi.
Uma turma, por mais que esta seja unida, existe grupinhos.
Eu como já sabem, chamo-me Ana era pequena para a minha idade, mas sempre muito contente, e com um sorriso que fazia até os mais durões se derreterem. Sempre que saía à rua, todas as pessoas queriam agarrar-me ao colo. Sempre que eu ouvia música, punha-me a dançar no meio a rua. Segundo várias pessoas, até que são muitas, não existe nenhuma palavra para me descrever, pois eu era simpática, amiga, sociável, de tudo um pouco. Também era um pouco mimada, pois como era filha única, podia pedir tudo o que quisesse e a minha mãe dar-me-ia com muito gosto. Sabia como pedir presentes à mãe, era sempre eu que escolhia tudo o que tinha. Muitos diziam que era parecida com uma indiana, mais ou menos morena, sempre simpática.

Muitos até me diziam, ou melhor, até me perguntavam: Tu vieste de África? Eu nunca gostei que me perguntassem isso…simplesmente não gosto!

Houve um acontecimento, o único, em que deixou os meus pais verdadeiramente preocupados. Como todas as crianças normais, eu gatinhava em cima da alcatifa, mas não se sabe, ainda hoje, ao certo o que aconteceu, então no dia seguinte, quando acordei, parecia que tinha levado um murro, deixando o meu olho completamente negro. Da primeira vez disseram que não era nada. Da segunda vez, quando nem sequer conseguia abrir o olho, estes tentaram descobrir o que se tinha passado, tendo eu de ficar apenas um dia no hospital internada, mas não conseguiram descobrir. Na noite em que lá dormi, apareceu uma enfermeira. Era normal já que estava no hospital. Mas esta enfermeira era diferente, chegou perto de mim e de um momento para o outro, o meu olho já estava normal, pronto para outra. Eu não sabia o que fazer, até que adormeci, deixando o sono vencer.

Altamente! A enfermeira é mágica!

Passados alguns anos, quando nasceu o meu irmão, tudo mudou. Deram toda a sua atenção, que dantes era 100%, para o seu irmão recém-nascido. Eu tenho de confessar, por vezes, odiava o meu irmão, mas a pouco e pouco fui-me apercebendo de que os meus pais continuavam a gostar de mim, como sempre gostaram.
Outra rapariga que era completamente diferente de mim, era a Inês.
Era uma rapariga, como todas as outras, brincalhona, muito simpática, sempre disposta a pregar uma partida aos seus pais e amigos.
Mas houve uma vez, que o tiro lhe saiu pela culatra. Quando foi a França, como era habitual todos os anos, tinha ido visitar os seus tios e primos. A Inês não gostava muito de ir, pois era uma autêntica seca. Como sempre, os seus tios prepararam uma festa para as crianças na praia. Ela, já chateada, e aborrecida com a festa que era super aborrecida, decidiu inovar.
- Se eu for dar uma volta pela praia. Se calhar, ninguém vai dar pela minha falta. - Pensou ela.
Começou a afastar-se cada vez mais dos seus primos, mas tudo muito disfarçadamente. Quando se viu sozinha, ficou com um bocadito de medo, mas nada que a Inês não conseguisse ultrapassar. Começou a vaguear, tentando encontrar algo de interessante para fazer. Pensou em ir dar um mergulho, mas como era de noite, a água deveria estar fria. Desistiu. Resolveu voltar para trás.
Mas quando reparou que o nevoeiro estava a passar por ela, foi tarde de mais. Tinha-se perdido. Não conseguia ver nada, por mais que tentasse, apenas via fumo, o que era natural. Tentou voltar atrás, seguindo o rasto do mar, mas quando chegou perto do mar, reparou que as ondas estavam a ficar cada vez maiores. Desistiu. Começou a chorar. Porque é que ela tinha se ido embora. Agora, pensava ela, que nunca mais iria encontrar os seus pais, que ficaria para sempre naquela praia, e acabaria por enlouquecer por não ter com ninguém falar, por não ter comida. Bem, morrer à sede, não morria, porque o que aqui não faltava era água. Deitou-se sobre a areia e adormeceu de imediato.

Por vezes, nem sempre a inovação é boa… aqui está uma prova disso!

O dia seguinte, quando acordou, deu por ela deitada num carro.
-O que se passa? -Perguntou ainda ensonada.
- Não te preocupes menina, eu vou-te levar aos teus pais. -Disse a mulher.
- Mas, a senhora não é francesa?
- Sou, mas aprendi a falar quase todas as línguas, e o português é uma delas.
- Mas, e donde é que me conhece? E aos meus pais?
- Eu sou dona de um café. Ontem, à noite, os seus pais apareceram por lá, dizendo que andavam à procura da filha deles. E mostraram uma foto tua.
- Ah, então mas como é que me encontrou?
- Eu costumo fazer jogging todas as manhãs, e costumo passar pela praia onde tu estavas.
- Ah, obrigada. Ainda falta muito para ir ter com os meus pais?
- Não, está quase.
Após estacionar o carro, a Inês saiu disparada ao encontro dos seus pais.
- Inês, onde andaste?
- Tive na praia. Perdi-me!
- Pregaste-nos um susto de morte!
- Desculpem, achei que nunca mais os ia ver.
-Agora já passou.
- E quem te trouxe?
- Foi a senhora que está ali.
- Querida, não está ali ninguém.
- Olha, foi-se embora. Era a senhora do café, aonde vocês foram ontem.
- Nós não fomos a nenhum café ontem, tivemos sempre na rua, há tua procura.

Mau! É estranho! Alguém veio curar o meu olho… e agora, salvaram a Inês… ora aqui está um mistério por desvendar!
 

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terça-feira, março 8, 2011 - 20:59

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Poesia/Pensamentos Vontades 0 851 03/08/2011 - 01:04 Português