CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

AURÉOLA

A auréola de santo e o mar revolto, parecem duas figuras antagónicas; uma significa paz angélica e outra fúria da natureza que nada têm a ver uma com a outra. Mas o mar revolto parece mais santo que a auréola do próprio santo, porque esta significa caridade, bondade e perdão. Mal de todos nós quando recorremos a elas porque algo de grave se passa na vida de qualquer ser humano, pois atrás delas pode existir sempre uma desgraça, quando são postas em prática.

A fúria do mar é passageira, parecendo agreste e medonha mas, ao mesmo tempo que pode dar tristeza a quem a desafia, também dá vida e felicidade a quem trabalha. A seguir à fúria deste elemento da natureza, vem a recompensa do mar que dá tudo o que tem sem cobrar nada e faz com a vida floresça e em compensação as vidas humanas pagam o bem com o mal, fazendo do mar a lixeira das vidas que, por sua vez, o mar faz com que toda a lixeira das vidas, seja devolvida à mesa de todas as vidas mas, estas não entendem e não aprendem que, a vida do mar é também a sua.

Toda a vida, as vidas sucumbem e nascem mas, as lições nunca são aprendidas verdadeiramente, porque a raiz do mal continua a nascer em todas as vidas que morrem com o seu próprio mal que mora na mente de todas as vidas mas, estas ao longo da vida podem ser felizes ou não mas, tudo depende das suas vidas mas, as lições da vida raramente são aprendidas quando elas exigem a igualdade entre as vidas e por isso, as vidas humanas continuarão para sempre egoístas, porque não querem ver a razão que, todas as vidas nascem e morrem iguais mas, enquanto vida, a tendência é não dar razão às vidas mas, na vida é no nascer e no morrer quer queiram quer não as vidas serão sempre iguais.

Na ostentação física as vidas são muito diferentes, pela força do poder, da inteligência e do dinheiro mas, sem a força da vida nada disto faz sentido e porque será que se tira a vida com a força do poder, da inteligência e do dinheiro? Parece uma contradição das vidas.

Se a vida tem de morrer para quê tirar a vida e não deixá - la viver?  Só pode ser pela força do poder, da inteligência e do dinheiro que isto acontece e as vidas nunca mais aprendem que, o papel de fazer nascer e morrer pertence à natureza e não à força do poder, da inteligência e do dinheiro.

Estes três elementos podem dar a felicidade para algumas vidas mas, não é justo que as outras vidas sintam a infelicidade para dar a felicidade a outras quando todas são iguais ao nascer e ao morrer e, por isso, não está certo que em vida não sejam todas iguais mas, só ao nascer e ao morrer.

Sendo toas as vidas filhas da natureza porque não são todas iguais no percurso da vida? A natureza não é boa mãe fazendo isto aos seus filhos, fazendo vidas injustas, dando a infelicidade a umas  e a felicidade a outras; não serão toas as vidas, filhas da mesma mãe? Não compreendo este tratamento se quando nascem são todas iguais e no percurso da vida são todas diferentes. Então, porquê mãe natureza esta divergência de vidas? A natureza respondeu - me que depois do nascer, pela força do poder, da inteligência e do dinheiro é que se fazem as diferenças; a mãe natureza apenas nos põe no mundo para que cada um de nós, seres humanos, representemos o que sabemos, pelas lições que aprendemos e os que não sabem representar, ficarão sempre pelo caminho, fazendo as diferenças da vida e, por isso, ficamos com a consolação que, apenas ao nascer e ao morrer somos todos iguais.

 

 

 

 

Submited by

quarta-feira, março 30, 2016 - 10:59

Prosas :

No votes yet

José Custódio Estêvão

imagem de José Custódio Estêvão
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 1 ano 45 semanas
Membro desde: 03/14/2012
Conteúdos:
Pontos: 7749

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of José Custódio Estêvão

Tópico Títuloícone de ordenação Respostas Views Last Post Língua
Poesia/Amor AQUELES OLHOS CLAROS 0 485 01/07/2013 - 10:53 Português
Poesia/Tristeza AQUELES OLHOS TRISTES 0 811 03/02/2013 - 12:28 Português
Poesia/Dedicado AR É VIDA 0 510 04/06/2016 - 09:56 Português
Poesia/Geral ARMAS 1 1.163 04/16/2012 - 21:02 Português
Poesia/Tristeza ARREPENDIMENTO 0 414 06/19/2012 - 10:06 Português
Poesia/Meditação ÁRVORE DE PEDRA 0 418 05/26/2012 - 11:10 Português
Poesia/Meditação ÁRVORE DE PEDRA 0 300 04/26/2013 - 10:13 Português
Poesia/Meditação ÁRVORES 4 735 09/21/2012 - 15:14 Português
Poesia/Geral ÁRVORES 2 601 04/29/2012 - 16:46 Português
Poesia/Meditação ÁRVORES NUAS 0 1.104 06/22/2016 - 09:16 Português
Poesia/Intervenção AS ARMAS E OS BARÕES 2 619 04/28/2012 - 17:11 Português
Poesia/Meditação AS BOCAS SAIRAM À RUA 0 912 05/21/2014 - 15:51 Português
Poesia/Geral AS COISAS QUE EU FAÇO 0 401 09/30/2012 - 00:09 Português
Poesia/Alegria AS CORES 0 599 03/19/2013 - 11:22 Português
Poesia/Geral AS CORES ABRAÇARAM-SE 0 748 08/28/2012 - 13:58 Português
Poesia/Meditação AS DIFERENÇAS 0 1.430 09/24/2013 - 11:30 Português
Poesia/Meditação AS GALAS 0 599 03/29/2013 - 12:49 Português
Poesia/Alegria AS JANELAS DOS MEUS OLHOS 0 1.088 11/25/2012 - 14:14 Português
Poesia/Meditação AS MÃOS 0 382 01/06/2013 - 13:06 Português
Poesia/Meditação AS MINHAS ASAS 2 520 05/24/2013 - 10:06 Português
Poesia/Meditação AS MINHAS ILUSÕES 0 670 07/02/2014 - 10:46 Português
Poesia/Meditação AS MINHAS OBRAS 2 924 06/30/2013 - 14:21 Português
Poesia/Meditação AS MINHAS PALAVRAS 0 1.087 03/12/2013 - 11:24 Português
Poesia/Fantasia AS ONDAS DO MAR 0 2.578 01/11/2017 - 10:49 Português
Poesia/Geral AS ONDS DO MAR 6 4.259 06/17/2021 - 20:46 Português