CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Autópsia

A autópsia mental continua e sequencial da anatomia dos sentimentos desposados de seus ossos e músculos, moles, flácidos, nojentos, sebosos e flácidos revelam as conclusões de um louco sobre a racionalidade… ser racional não é uma capacidade humana exclusiva e sumariamente definidora do ser orgânico que desenvolveu sinapses milhentas vezes mais rápidas que os chamados animais… mas será que perder o sentido da palavra animal serve a humanidade de modo algum...?

Vejo olhos de fogo e outros de agua, narizes tortos e outros que não cheiram, vejo bocas fechadas que ferem com o silencio e bocas abertas das quais apenas sai o expoente da inutilidade mais fútil e o reminiscente do génio perdido… vejo amores desfeitos que jamais nasceram realmente e paixões duras de pedra que se liquefazem no gelo dos olhares soltos e almas livres da prisão libertadora que é o amar sem condições e sem condições para amar…

Abro a pele com uma lamina e tento ver se é de sangue que a minha carne está carregada e se o vermelho não é apenas uma criação da minha mente condicionada… vejo o final da pele e não vou mais fundo… sei que é verdade… sei que a dor é a realidade naquele momento… num impulso de momentos tão curtos que me faz cortar mais um pouco… já fui fundo demais… já vi o que está dentro de mim… o mistério anatómico do amor está quase desfeito… a sua química equacionada e a física da atracção dos corpos materializada num calculo rudimentar da probabilidade de ter ou não ter o objecto do desejo que nasce sem mostras de proveito… sem promessa…

Como posso ser assim frio…?

Como posso ligar o mais inóspito do ser… o inatingível por palavras num texto… o sentimento sem sentido que afoga os sentidos…?

É simples para mim… é a minha protecção e a minha barreira cefálica fora da caixa craniana, invisível e intocável para a maioria…

Odeio quem ama por pena…

Detesto quem se apaixona por quem tem pena de si…

Abomino o amor proibido…

Vomito gargalhadas para quem nega o corpo…

Quero ver morrer todos os que vivem para amar por amar e nunca amam… mas sim magoam…

E sim… já o fiz… tudo… mas não me odeio… Evoluo!

PS:
Boa noite… para ti… e só para ti…

Submited by

quarta-feira, abril 1, 2009 - 11:05

Prosas :

No votes yet

Obscuramente

imagem de Obscuramente
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 10 anos 46 semanas
Membro desde: 03/27/2009
Conteúdos:
Pontos: 720

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Obscuramente

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Desilusão Não me mandes calar! Porra! 3 475 04/15/2009 - 14:59 Português
Poesia/Tristeza Sombras na vida 2 465 04/14/2009 - 13:59 Português
Poesia/Meditação Dor Nocturna 1 625 04/14/2009 - 01:45 Português
Poesia/Paixão A Letra do Pecado 2 669 04/12/2009 - 19:52 Português
Poesia/Amor Porque choras pequeno anjo? 2 810 04/12/2009 - 19:49 Português
Poesia/Erótico Ode das prostitutas 2 654 04/11/2009 - 21:47 Português
Poesia/Tristeza Não quero flores 1 598 04/06/2009 - 12:04 Português
Poesia/Amor Como eu te adoro 1 702 04/03/2009 - 18:58 Português
Poesia/Meditação Sei..? Não sei… 1 637 04/03/2009 - 18:53 Português
Poesia/Erótico Curvas de mulher 2 931 04/03/2009 - 18:22 Português
Poesia/Amor O ritmo do mar… 2 465 04/02/2009 - 18:29 Português
Poesia/Amor Sei quem és… 6 528 04/02/2009 - 14:05 Português
Poesia/Fantasia Jogos de pintura 3 710 04/02/2009 - 14:00 Português
Poesia/Tristeza Guarda este silêncio 0 613 04/01/2009 - 21:52 Português
Poesia/Aforismo Entre aspas 1 866 03/31/2009 - 22:03 Português