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A cave..

Entrai...

Sejam bem vindos, nesta cave sórdida, pairam aromas hediondos, cadáveres pregados no tecto cambaleiam para a frente e para trás, numa dança solta e sem alma.

Pé ante pé, tenta fazer o menor ruído possível, abre bem os olhos, os demónios andam camuflados de símbolos, libertam uma macumba homicida e tu inocente, quando dás por ti, estás envolto nesta mescla de fluídos do inferno, num segundo estás num bordel rodeado de caras cínicas, um cheiro podre a álcool e tabaco, a tua face enrugada, cansada, queimada da má vida.

Noutro segundo estás numa cama de hospital, débil, inerte, ofegante, de olhar vago e reflexos previsíveis e lentos, sem aquela audácia que te caracterizou em tempos.A necessitar de ajuda psíquica e física, foi-te diagnosticado uma insuficiência hormonal, que se esgueirou das tuas defesas e proliferou no teu sistema imunitário e fez erguer sobre ti um pesado fardo impossível para o vulgo humano suportar!

A viagem segue para um cenário de guerra, só vês morte e desgraça, confronto despropositado e tu lívido, cego de ódio obtuso e sem motivo, de metralhadora em punho, dizimas vidas ao livre arbítrio, sem sequer pensar no que cada vida dessas representa, contem, ou em que é que consiste.A sua essência esvai-se na ferocidade de um disparo e na trajectória assassina duma bala!

Estes três cenários de situações limite transportam-te para um limbo de amargura e descrença tal que a única escapatória é venderes a alma ao diabo, ele te oferecerá dinheiro, tentações, vícios e ilusões.
Enfim, todo o deleito do ser humano numa só poção, que esvaziará o teu hipotálamo e o fará descer a um nível ridículo de futilidade e plasticidade!

Agora abre os olhos...

com calma...abre lentamente os olhos...

o que vês a tua volta?
Os esqueletos, os símbolos, os caixões, velhos amorfos amarrados a garrafões, nesse vil liquido afogam desilusões...

estás de partida?

Então obrigado, por teres vindo, à cave do Diabo!

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quarta-feira, outubro 19, 2011 - 18:30

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Famaz

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