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CERTEZAS DESCONHECIDAS

Na invisibilidade há sentimento que ganha corpo
Uma razão exibindo voz aos vendavais da alma
Soprando fúrias desgastadas num tempo escultor
Esculpindo desejos consumindo meu ego
Reflectido num olhar sem fundo profundo
Que cospe tempestades ao horizonte
Onde estendo minhas mãos carentes de paz
Camuflada num sorriso incompleto
Que evidencia as anomalias do destino
Minha verdade jaz no fogo do sol
Nascente rasgando o céu até poente
Esperando encharcado de revolta contida
Que vagarosamente despe a minha raiva
Nesta espera sem jeito sujeita ao nada
Arriscando o fechar da porta que encerra
O corredor da esperança decorada a medo
Minhas palavras vingam quem sou
Meus textos alagam os desertos áridos
Na secura de quem não confia em mim
E de um oásis protegido por maturidade
Sairá a ultima peça do meu puzzle
Um ser tão belo quão meu tão verdadeiro
Quão capaz de ler as minhas entrelinhas
Traduzindo o meu eu no eu dele
Dissolvidos nossos corpos numa volúpia
De certezas desconhecidas

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domingo, abril 27, 2008 - 03:11

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Henrique

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