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CONDESSA JUSTINE PARTE I - DAMA OU MERETRIZ

LEGADO DE SANGUE

AS TRÊS CONDESSAS

CONDESSA JUSTINE

PARTE I – DAMA OU MERETRIZ

Por Felix Ribas

Descendo a rua da praça menor se vinha a todo trote austera carruagem de lastro alto, destas que só na Corte se fazia a ser vista, de todo só o alazão que a puxava já valeria mais que um quarteirão de tão decadente distrito ao norte do porto, se fazia esta ser por hora noite de largo negrume, ainda digo que mais sestrosa a quem aventurar-se por entre os becos da praça menor pela névoa que jaz fazia a se não ver a mais que cinco metros a frente da carruagem, chegando ao largo da velha estação dos estancieiros parou-se a esta de um só golpe, logo desta ostentosa carruagem veio e apeou distinto moço muito aprumado e elegante, que ao apear a toda gente que lá estava posso afirmar curiosidade as pampas sem pormenores veio a despertar .

Rapagão ainda bem moço, este se via a ser com trajes finos e ostentosos digo-lhes o tanto que se este moço se não fora da Corte, nobre ou rico burguês seria sim tipo perigoso com certeza q’sá matador, pois bem me lembro este rapaz de cunho austero, embora sua eminente sisudez e desdém ao devera admirar a região que se fazia estar, veio esgueirando-se por todo o bairro a boca-rota em busca este do bebarracho do senhor Ferraz, um borra-botas, triste velhaco a amiúdes creio que ate ladrão, um desgraçado sem um vintém que vivia a muito só de beber as costas de antigos comparsas de pândega e de juventude a farfalhada.

Ser de mão aberta se mostrou o nobre ofertando óbolos a que do desgraçado do senhor Ferraz alguma noticia tivera, ou pudera indicar quem podia a ter sobre o velhaco, logo veio a ele um menino miúdo e fraco, com forte odor e maltrapilho a informa-lhe que o tal de senhor Ferraz se fazia a estar numa Taberna dali bem próxima, agradeceu ao menino e deu-lhe uma moeda, com certa presa se pós a voltar a carruagem e mandou ao cocheiro a se dirigir a tal Taberna que o menino veio a indicar-lhe, lá chegando não precisou ao menos adentrar ao local e já avistou ao indulgente do seu Ferraz, este que já estava a tombalear de tão bêbado que se fazia a estar de frente a Taberna que o menino disse ele o estar.

Ao avistar o indulgente apeou da carruagem, aproximou-se ao bebarracho velhaco já a lhe falar, como este se fez de rogado dando-lhe as costas, novamente veio a indagar-lhe o rapaz.

-Espere homem tenho uma proposta a fazer-lhe que creio a ti serás devera benéfica, pare e me escute por um minuto é tudo que o peço.

Respondeu o velho.

- Possa a falar meu senhor lhe sou todo ouvidos.

- Me pus eu desprender-me até este local aqui a procurar-lhe porque a vós fora indicado por certo homem que sigilou-me que vossussesse poderia a pessoa mais indicada a informar-me sobre a vida de certa senhorita a quem a vida passada me é de muito interesse, posso afirmar.

O senhor Ferraz a ouvir ao jovem rapaz desferiu um sarcástico sorriso de velhaco e se pôs empedernido a olhar de alto a baixo ao nobre homem que lhe indagava.

- Nobre senhor pareces serdes vós nobre e de boas posses deveras deves o ser, como pode o senhor a se aperceber tenho a tido muito má sorte sendo imbuindo por todo o tipo de desgraça a deixar-me a margem da sociedade sendo esculachado e servindo de anedota a toda gente mesmo ao que vivem as costas de outros de pândega em vastas noites sem orgulho venho a dizer-lhe, com isso meu caro nobre lhe digo a vós tudo tem seu preço, de qual Dama estamos a tratar? Sim conheço a algumas e de muitas delas sei-o eu muito posso afirmar se poderdes eu a ajuda-lo, muito grato o farei por algum agrado posso afirmar e dependendo de sua generosidade a este pobre que os fala garanto-lhe que farei o meu melhor.

- Deixe de rodeios meu homem a Dama da qual quero eu a saber se faz a ser conhecida por inúmeros nomes, mas de batismo ela se vem a ser chamada de Justine a Condessa D’eu Vars II, creio que o nome lhe é familiar ou me engano meu bom senhor, não se preocupe quando ao pagamento conforme o que me disserdes serás muito bem recompensado posso eu a afirmar-lhe.

Neste instante o senhor Ferraz se fez a respirar fundo e de todo se abateu não fazendo nenhuma questão de esconder sua tristeza ao ouvir depois de tantos anos ao nome da infeliz que lhe levara toda a alegria e mocidade por todo o sempre. Com a face ao chão respondeu ao nobre.

- Conheço sim meu senhor, lhe diria que muito mais que gostaria eu a conhecer, a muito, muito tempo desta senhora não me ponho a falar, mas por alguns vinténs embora muito me doa posso eu sim a proferir-lhe toda a vida desta desalmada torpe senhorita posso eu a afirmar-lhe meu caro senhor que veio a procurar o homem certo. Mas a começar pague-me um drinque que já me encontro de garganta seca, vamo-nos a pândega meu bom senhor, venha acompanhe-me a Taberna.

Se fizeram então os dois a adentrarem na Taberna donde a frente se encontravam a conversar, este se fazia ser local simplório de boa índole embora escuro e de mobília bem desgastada, se via ao longe que era embora bem pobre o estabelecimento este se fazia a ser de família era bem limpo desde o chão ate as toalhas de forma tão impecável que se fazia difícil a acreditar pelo distrito que se encontrava pude-se este ser e também devido ao tabernista muito alegre e as moças que lá serviam se fazia ser acolhedor a quem de fora viesse a ver.

Logo que entraram a taberna se foram a um canto nos fundos do estabelecimento sentaram por lá longe do pessoal, o Nobre pediu uma garrafa do melhor vinho e duas taças ao taberneiro. Se serviu e ao mesmo fez ao seu Ferraz.

- Agora me fale homem, desate seu rosário quero eu saber de tudo, tudo que o senhor sabe sobre a Condessa e seu passado e de sua família, lhe garanto que sou homem de palavra e anda alchebeiras abalroadas de oro e cobre e este feito de nada ira prejudicar-lhe meu bom senhor vou a garantir-lhe muito ao contrario lhe serei eternamente grato, lhe darei conforme a informação um bom dinheiro, pois sou homem de cumpri com o que falo e de cortar a chibata nos dentes se for preciso eu já lhe digo e de mim terás sempre a gratidão pois o senhor sabe que neste mundo estamos a ajudar uns ao outros não concordas seu Ferraz .

- Sim, sim meu bom amigo deste a ti concordo a muito,deixe-me ver por onde começo este embrolho, pois vosssunsse parece ansioso a conhecer esta senhora primeiramente creio que quereis saber meu nobre homem o que se assucedeu a esta Dama, Dama sim posso afirmar-lhe confesso-lhe de causa própria, mas não como dela se esperou que esta o fosse e sim Dama da noite, cortesã e meretriz posso dizer.

Olhe a janela meu bom amigo veja lá na esquina qual imponente és o palacete que lá as escuras se faz a residir este o mesmo que jaze morto a muitos anos ao desdém de toda a gente, venho dizer-lhe que este palacete tão pomposo e imponente apesar de seu mal estado de conservar-se a alguns anos foi a contraponde de agora de muita vida posso lhe afirmar meu bom senhor, o local mais badalado e dito a pândega pelos nobres e burgueses deste lugar e região, foste este o templo da jogatina e devassidão dos áureos tempos que anteveram a guerra poso a vossunsse garantir.

Veja ao portão tão imponente que ao austero palacete vem a premiar sua entrada, note meu senhor com atenção ao belo e ostentoso brasão que se faz o jazir a sua frente, vós não o conheces, acho que não. Este é o símbolo desta Condessa que tanto interesse o senhor me mostrou a ter.

Se faz a ser este uma grande estrela de oiro ao centro posto a um acinzentado campo, este o mesmo cortado por duas lágrimas de sangue, acima ostentosa coroa dos D’Eu como podes a perceber, abaixo o escudo de armas da nobre esquadra holandesa e um ramo de camélias, este o mesmo se encontra disposto sobre duas cores carmim e prata, lembre-se bem se a queres conhecer de verdade todos os detalhes do que a vida dela veio a se tornar com este escudo podes a saber, mas depois lhe conto como este foi forjado as dores e pesares, e desamores desta torpe alma que a Condessa Justine se veio a tornar.

Muito bem meu caro, vou-lhe a desanuviar as idéias, pois posso ver tamanha se faz sua prospecção a desta pobre de saber tudo.

Esta meretriz que em tenra idade roubou-me a alegria e coração, a sua beleza e seu desdém, fora nascida em berço d’oiro, mas imbuída ao negrejar de sua jornada a carregar pesada cruz em quase toda a sua existência poso eu lhe afirmar, esta mesma na verdade se faz ser filha da Condessa de Hass com um holandês de cunho nobre, e não da Condessa D’Eu Vars como deves a imaginar, vós meu caro nobre me parece de serdes muito novo a saber de toda desgraça que estas duas famílias vieram a ter em seu caminhar, a resumir meu caro amigo, os Hass foram senhores de muitas terras logo ao sul, com vasta gama de atividades e diversas plantações, estes dispunham a época também de inúmeros serviçais e apoio do governador da província a seus trambiques a algumas décadas atrás, enquanto os Van Drumenn eram uma família de nobres da Holanda, os Van Drumenn a muito tempo por estas terras se estabeleceram sendo que aqui ostentavam ter muitas posses cousa que sim eles o tinham e também dispunham de fortes amizades que lhe valiam bem mais que oiro posso afirmar estas ate de cunho dos degraus da Corte a sobrinho da Rainha Tereza, mas após o termino da grande guerra caiu sobre estes o negrume da vergonha em desgraça pois estes foram desmascarados usurpadores de bens da Coroa Holandesa a ser pelas tropas da Coroa Holandesa caçados como animais pois destes implolitos larápios proviam a si da maior parte de sua riqueza de roubo a casa da moeda holandesa e desvio de verbas ao fronte de guerra na Europa durante a grande guerra, presos, julgados e condenados, Ars Van Drumenn e seu pai o Comendador Reven Van Drumenn foram enforcados em Amsterdã no mesmo ano, como desgraça pouca se faz ser bobagem, o outro avô desta pequena que lhe tanto vem a interessar foi este morto por um de seus mais castos escravos, por ele ter deflorado a filha do mesmo, e ainda por vingança ao feito este mesmo escravo ateou fogo ao palacete donde o Conde com sua família via a residir, sendo assim meu caro o obscuro manto mortuário se avia a pairado sobre os de valor a Elionor mãe de sua senhorita que estas a indagar-me e se fazia ser lúgubre o andejo desta próxima a época não concordas a mim meu caro amigo, pois veja ficaram apenas a esta pequena Justine a mãe dela e sua avó, como na época mulher de negocio não podia a tratar, pelo menos nas casas de comércio da Capital, Elionor esta teve de usar de intermediários a poder suas colheitas a comercializar, confio-lhe mal o seu legado a tolos velhacos que a exploraram, usaram e a deixaram a mercê da sarjeta reduzida quase apenas a roupa do corpo, bem meu bom amigo sem mais ter sequer como provir de comer, a avó de sua pequena definhou ate a morte pela dor e a vergonha de tudo aquilo que se assucedeu, imagine só que dor tamanha teve esta dona, de nobre Dama se tornar menos que burguesa posso a lhe assegurar e ainda servir de anedota a balbúrdia de toda a gente do lugar.

Após a morte de sua mãe Elionor, sem mais ter o que fazer e não mais a aguentar seu legado de dor e insultos veio a fazer o que no momento lhe pareceu a ser melhor a si e a Justne, deu de bom grado Justine a Condesa D’Eu Vars para que esta a cria-se e foice esta Elionor rumo ao norte creio que a dar aulas de etiqueta na antiga Academia da Província, fiquei a saber que esta pobre acabara por casar com um Barão de muitas posses e por muito tempo viveu as ventas a ostentar sua tal venusta doirada aproveitando-se a condição de ricaça que se fazia a estar sendo esta ostentada como nobre senhoria e patroa de inúmeros serviçais mas seu sangue de libertina e despudorada veio a ela serdes maior impulso que o alegrar da comodidade de baronesa da qual gozava esta mesmo vindo a envolver-se com um serviçal de seu marido o Conde o que lhe foi a derrocada, o abismo e a sua cova como poderás a perceber meu bom senhor quando explanar-lhe o que a este se assucedeu o próprio Barão com suas mãos lhe desferiu a punhaladas o seu final depois de certa tarde ter o enfadonho desgosto de encontrar Elionor com seu amante a despoja-la em seu próprio e sagrado leito nupcial, e enegrecido a dor e a vergonha mas lhe digo que mais ainda pelo amor que cultivava ainda a desgraçada que usurpou-lhe o coração a traição ele se fez a si ser chegada a hora do não ser de sua vida, se enforcou a cela donde estava recolhido na ocasião, como se vê de tudo a história desta pequena é só tragédia.

Mas do Barão suicida herdou dantesca fortuna, pois este se fazia por demais a bonança naquele tempo, sempre ostentava as algibeiras abalroadas de ouro e cobre, esta pequena que atendia ao nome de Justine se veio a ostentar a si como baronesa enquanto pode, como deveras deve a saber, mas já que queres saber tudo sobre está mulher lhe conto desde o principio de sua vida.

Justine sempre foi bela e encantadora, lhe diria que esta vinha a parecer um botão de rosas a florescer em despertar primaveril, era tão esplendorosa deste tão pequena com suas pele tão sedosa e alva, com seus cabelos de certo negrume que se jazia a estontear a seu brilho a quem o visse era esta menina a cousa mais linda que eu deveras já tinha posto os olhos posso a garantir-lhe ela ostentava o ar superior e misterioso que se faz ser legado as espanholas de cunho oriental, bom creio que a época que a conheci ela devia a ter cerce de quatro anos mas esta fora deixada um tanto antes a tutela da Condessa possuía cerca de dois anos apenas quando a Condessa Elionor a deixara sobre a tutela de sua amiga Condessa D’eu Vars pelo que sei, a partir daí Justine fora criada como uma Dama cresceu aos cuidados desta senhora que por não ter da vida mais ninguém as eu agrado pois seu marido avia sido morto em combate durante a grande guerra antes que a ela pudesse deixar algum herdeiro, como lhe dizia por isto creio eu a criou como se fora Justine de seu ventre nascida, embora a Condessa não tive-se lá muito traquejo a lidar com crianças a tenra idade muito carinho e atenção desprendeu a pequena Justine posso lhe afirmar meu bom senhor, mas Justine avia herdade de sangue o temperamento de vossos pais, fora era nascido lhes digo meu bom homem de duas tempestades que nela concentraram a todos os raios, todos os vendavais e todos os delírios de céu ou de inferno posso eu a garantir-lhe. Além do ódio por toda a gente que a sua família se fez a servir de anedota, a toda gente que se fez a sua espécie a tratar como palhaça e inferior, esta cultivou desde cedo em si todo o ódio e todo o rancor de sua família assim como a triste sina de romântica e de mau traquejo a escolher aos seus amados e seus amantes.

Justine desde muito jovem se fazia namoradeira, a alegria dos rapazes da alta sociedade posso lhe afirmar mesmo isto sendo de munito contragosto de sua mãe a Condessa D’eu que de tudo fazia a amenizar o tal libido desta pimentinha que fazia a ser a jovem Justine.

Quando crescera um pouco mais, Justine fora enviada a corte a estudar, chegando a corte logo inturmou-se pois esta sempre se fazia a estar alegre e vistosa como a nenhuma outra das jovens damas que vinham a freqüentar as altas rodas lá na corte, e como esta menina não se fazia a rogada donde estava roubava a cena, era de certo sempre o centro de tudo, se fazia a si irradiar o tanto que acabara sendo sempre esta a atração de todo o lugar que cisma-se a cruzar, ou aparecer.

De cunho nobre e altaneiro, nascida sim a berço d’oiro era Justine, o que lhe jazia a ser cortejada ela por toda a mocidade que rondava a corte e aos bailes de gala da corte a cada dia mais e mais, mas por ter fama de libertina e namoradeira esta sinhá era um perigo a todo nobre que por este anjo se fazia a deixar se enfeitiçar.

Doce anedota se faz a vida posso eu dizer, quase ao termino de seus estudos lá na corte e já as vésperas de voltar a sua cidade Justine esta ainda menina enfeitiçou ao Príncipe Gabriel, pode este cá! Deveras este embasbacou-se pela ninfa.

Devias ter a Justine por volta de dezesseis anos nesta época, era como um anjo, alta e glamurosa de feições esculturais, silhueta inebriante a serpentear pelos salões da corte, ela me lembro eu bem, sempre muito bem vestida com sorriso farto quase que escandaloso mas tinha em si a ternura que só se encontra em uma criança, embora sabida libertina e namoradeira era quase impossível ao vê-la não sonhar em possuí-la em tela ao menos em sonhos aos braços.

Tantos, tantos pretendentes teve Justine a despoja-la naquela época podia ela a escolher a quase qualquer homem da corte a ser o seu esposo posso eu a garantir-lhe, mas esta sim nunca se foi a se deter a um só homem, do Príncipe se fez amante enquanto mantinha muitos outros aos seus pés, confesso que eu de certa forma já nesta época vinha a invejar aqueles que tiveram a chance de deflorara pois dela também enamorei-me deste este tempo de sua mocidade mas quem era eu a permear a ter a chance de despojar a uma Condessa, como se faz lúgubre andejo se ser vassalo de vera as vezes, mas Justine embora nobre era de família da qual o nome havia sido manchado e manchado de tal forma a nunca ela ser digna aos olhos de nosso Rei a ser despojada pelo Príncipe Gabriel, assim se passara os anos, Justine voltara a sua terra a viver com sua protetoras Condessa D’Eu Vars e o Príncipe continuou a corte a cumprir suas obrigações reais mas este enamorado de Justine sempre dava um jeito de fugir as vezes a encontra-la lá na província, formulando furtivos escapatórios dignos de um espião daqueles de livros de suspense do século passado posso a afirmar, lembro de certa vez que ele inventara certo negócio a província e só para ludibriar ao pai comprou uma furtuna em grãos junto a casa comercial a peso d’oiro apenas a ter a chance de rever a sua amada que a muito não tinha a chance de encontrar, bem mas depois que Justine recebera a herança do Conde seu padrasto este que ela nem imaginava a existir pois de sua mãe não tinha noticia alguma desde que esta avia se mudado da Academia da Província donde davas aulas de etiqueta, sei-o que esta tinha recebido informações difisas ao paradeiro de sua mãe Elionor mas de concreto só recebera de fato algo palpável depois que a pobre fora assassinada, como disse junto aos pertences de sua mãe ela recebeu imensa fortuna do Conde que com Elionor avia se casado o que deu a ela a oportunidade de emancipar-se após Justine ter acertado aos papeis de sua emancipação esta veio a morar aqui na Corte em um palacete de certa amiga que com ela avia estudado poucos anos antes desta não sei lhe enformar o nome meu senhor mas era na zona leste perto do mar, mas nesse tempo veja a tragédia dois meses após Justine desembarcar aqui na corte o Príncipe por seu pai fora empenhado a casar com a Baronesa de Aturias, pois veja tamanho embrolho que se foi o caso a se tonar, a Justine que aviaa brigado com a Condessa D’Eu a emancipar-se e a vir a Corte a ser de veras a amante oficial do futuro Rei foi imbuia por este ato que esquartejou-lhe o pensar e propósitos posso a dizer-lhe mas o Príncipe este por ela ainda se fazia cativo quase escravo confesso-lhe meu meu nobre senhor, de tanto que a ela cobriu de oiro e pedrarias deu-lhe tanto, tanto regalo que esta a ser a outra se conformara, mas tão astuta que sempre fora logo do Príncipe se fez prenha, o mesmo se enlouquecera o que fazer pensava ele depois de tudo nascera a criança Stephanie era o nome que a ela vieram a batizar, neste tempo a aproveitar-se do embasbacar pela menina do Príncipe Gabriel que se fazia a ser vassalo sempre dos caprichos da piralha e sua mãe, exigiu-lhe um palacete e uma mesada de duas mil coroas a calar-se e a criar a menina sem ter o pai, o Príncipe aceitou e deu-lhe este palacete que a frente lá na esquina estás a ver oh! Meu senhor.

Neste tempo o Príncipe se fez a ser indispensável aos propósitos da corte lá na Europa me lembro bem e este mesmo usurpou dos cofres do reino e deu a Justine trinta mil coroas a esta passar e a menina enquanto ele estive lá na Europa.

A Condessa se fez carneiro e aceitou, mas assim que o Príncipe pegara a Nau rumo a Europa esta se fez a realizar-se como meretriz e cortesã.

Ela arroubada de contentamento se fez a premiar-se em sua fase mais brilhante de seu efêmero fastígio, foi o momento apogístico de sua venusta glória, o seu delicioso instante de embriagues de safo, mas também se vez a ser o seu leucale fatal, a esta libertina Condessa se fazer a rolar na sarjeta e cair ao abismo de seus vãs sonhos e amores como barata mercadoria se fosse ela a se jazir a toda a gente.

A Condessa Justine se fez a ser conhecida a toda corte como cortesã de fino trato a senhores de nobre estirpe, como do Príncipe recebera tamanha fortuna esta mesmo se fez a adornar-se como princesa e ao seu palacete que tornou seu templo de devasidão e lúxuria, o palacete a trato d’oiro posso afirmar fora aprumado a inauguração, mandou cunhar o seu Brasão com fidalguia de sua dor a expressar a sua origem e seu legado de lascívia e copadecência a dor do amor.

Se faz a ser o Brasão distribuído a este modo meu caro nobre uma grande estrela de oiro ao centro a representar a sua fortuna herdada esta de vis caminhos a toda sua vida tanto que posto esta estrela esta sobre a um acinzentado campo que vem relembrar a seu negrejado andejo de pobrezinha, este o mesmo cortado por duas lágrimas de sangue, estas a representar uma a dor de seu viver outra o ódio por todos nobres e burgueses que a sua família fizeram a anedota e ostentaram alegrar-se a ver tamanha desgraça que a sua gente se fez pairar naquele tempo, acima ostentosa coroa dos D’Eu por agradecer a nobre senhora que a acolheu como se fora a sua filha e a criou como se fora uma princesa como podes a perceber, abaixo o escudo de armas da nobre esquadra holandesa a representar seu sangue Europeu que embora marcado a desgraça e desdém por toda a gente por erro a este de alguns de seus ancestrais é seu legado e sua herança se faz dela a sempre ser a sua força e sisudez a tratar a toda gente nobre ou não e um ramo de camélias, este a representar sua condição de cortesã a cintilar a nobre corte como se fora deusa da noite a alumiar a todos os homens que se faziam a seus encantos vir a perder-se este o mesmo símbolo se fazia em duas cores carmim e prata, carmim a representar seu fogo, luxuria e olhar de loba e prata a ostentar seu cintilar por entre a corte como a estrela maior e primeira das constelações de pândega as noites da corte.

Justine tocara a seu negocio com a austeridade e a fungida culminância que se faz a preceder a um declínio que se faz a ser certeiro posso a dizer.

Pouco se fez durar ao plenivênio de sua glória de cortesã, pois logo a guerra se fez a alcançar nossas fronteiras creio que uns dois anos depois que começara esta a presta-los seus trabalhos a corte de meretriz e cortesã.

Mas neste fugaz instante se fez ela a gozar de todas as delícias das voluntariedades, se fez ser céu e inferno, se fez ser o centro da corte a Rainha noturna de nosso inexorável antro de corrupção que era nossa cidade naquele tempo.

Seu Templo de luxuria e devassidão por vera se tornou o local de todos os prazeres livres e vícios que se possa imaginar, de jogatina e prostituição, de fortivos encontros de toda ordem e contrabandos, enfim do nobre a escoria tudo que se fazia a ser feito durante a noite dentro das fronteiras da corte tinha um dedo de Justine.

Os principescos salões de sua casa se fizeram a ser a catedral de toda a prodigalidade elegante de nossa cidade, se converterá a ser o dignitário centro da promiscuidade e de desvalores de toda ordem, mas também devido sua elegância e principalmente a sua imensuráveis e indescritíveis ninfas,camélias e cortesãs de rara beleza vindas de todos os cantos do globo a enfeitiçar a qualquer um que dispusesse de muita prata, pois ali não se fazia local a pobretão de forma alguma posso afirmar. Nas suas esplendidas noitadas as quais se faziam em eterna ceia com o vinho e aos champanhas a correrem de jorro, e acompanhada sempre a orquestra que só se fazia a emudecer-se ao clarear da aurora, por toda a noite se fazia correr frouxa a jogatina principalmente o bacará a deslocar centenas de contos de reis de um lado a outro mas claro com a maior parte ficando a casa, lá se viam velhos conselheiros da corte, banqueiros e altas patentes de mar e terra a esvair-se a toda noite todo seu soldo a companhia de divas de colos nus que a estes sempre a faziam acompanhar, era um bordel de nobre estirpe tão ostentoso e cogitado por tão ostentosos freqüentadores que q’sá se punha alguém a contrariar a Justine Dama da noite, esta Condessa se fez por demais importante tão a se tornar um problema a Corte muitos dos nobres desta lhe deviam ate a ceroulas posso afirmar, sendo assim tinha formado um ostentoso império que se estendia ate aos degraus do trono, neste tempo Justine era requisitada por toda a gente a favores e trocas de toda ordem, quantos destinos passaram em suas mãos neste tempo, quantos negócios, quantos empregos, e casamentos arranjados se foram feitos as mãos de fera desta desvairada Dama da noite não consigo eu a emensurar, mas como tudo ou quase tudo nesta vida sempre tem fim, quando a guerra se abatera aos portões da Corte esta quase toda se fez migrar para a Europa e seu amado o Príncipe Gabriel que a tanto a cobrira d’oiro e pedrarias e rendas e tanto mais, veio a ser assassinado aqui no porto de Atuã, como vós sabes e toda gente, sem mais ter seu protetor a roda da fortuna se fez a derrocada a esta dama posso lhe afirmar, fecharam-se as portas da corte a meretriz tão o mais rápido do que se elas tinham se abrido posso afirmar, e não sendo bastante ter ela perdido ao seu cofrinho o Príncipe que naqueles dias avia lhe mandado lembro eu acetinados de toda a ordem lá das Índias estes tão brilhantes e ostentosos valiam uma fortuna de certo a amior parte obviamente em com carmim a preferida da Condessa, mas ao assunto voltando meu bom homem esta foi pela coroa abruptamente lesada, seus cobres que eram muitos e todo oiro que possuía estavam nos cofres da monarquia que se fez a confisca-los, por esta não ter como provar procedência não teve como reclamar ou ao menos um pouco vir a resgatar, que rancoroso se mostrou o Rei a esta tola que a seu filho tão corroeu digo ate as entranhas ao torpe amor, dando tal fortuna a devassa que quase quebrara a corte naqueles dias mas o Rei este dela veio a tomar quase tudo que tinha, digo-lhes que antes deste abandonar a corte a deixara quase na miséria.

A guerra se fez curta por estas bandas que bem tu sabes mas o suficiente a degringolar a todo o resto da tal fortuna da Condessa, a última vez que a vi estava reduzida quase a roupa do corpo nunca mais posso afirmar tive noticias dela e digo mais ninguém destas bandas também ou eu viria a saber, muitos casos dela após ouvi falar mas nada de concreto posso afirmar-lhe meu bom homem.

- Então me fiz merecedor de seu apreço isto é tudo que sei da desgraçada posso afirmar.

- Porque o senhor dela guarda tanto rancor, posso eu saber seu Ferraz?

- Quando ela instalou-se no palacete e começara o seu legado de cortesã, enfeiticei-me a sua beleza eu e muitos outros pobres homens esta fera em pele de cordeiro arruinou a muita gente senhor posso afirmar, eu certo dia fui a pândega com uns amigos lá no palacete e de tudo estávamos bebarrachos a certa hora já madrugada e declarei-me apaixonada a esta dama que desdenhou as gargalhadas de meu amor, desde então dela nunca mais me fiz a aproximar mas sempre a tive a cultivar em meu coração a mim sempre ama-la foi algo impossível a se concretizar não lhe preciso porque a explicar já entendeste por certo meu nobre amigo.

- Sim, entendo-lhe seu Ferraz, e mais que possas a imaginar cumpriste bem o seu papel e agora terá seu pagamento meu caro senhor.

Os dois saíram da taberna rumo a esquina donde o cocheiro aguardava ao distinto senhor este que o disse a seu Ferraz que o dinheiro que ele o tinha vinha a encontrar-se com seu cocheiro a carruagem.

Chegando a carruagem o cocheiro desferiu a seu Ferraz um golpe de adaga certeiro ao estomago o que fez ao pobre estrebuchar, antes de sua morte este mesmo olhando ao senhor que se fazia a sorrir frente a ele como se possuído por um mórbido alegrar e com um ar de satisfação que este não podia a permear por qual motivo se fazia a ter.

Já moribundo e com voz fraca veio a dizer.

- Oh! Meu senhor o que lhe fiz eu para a este vós me fazeres.

E sorridente a gargalhar o nobre homem veio a responder-lhe.

- A mim nada meu caro Feraz ou devo dizer Pedro, eu sou o Duque Estevan Van Astewn, e sua morte me foi um pedido de minha futura esposa a Condessa Stephanie, vós sedes muito descarado seu velhaco, a tanto mal que a avó de minha noiva veio a fazer e ainda me confessas ter a filha de sua ex-amante ainda a cortejado. Vós sedes uma vergonha a todo homem que viera a esta terra faço um favor a exterminar tão sado e hediondo ser do convívio dos demais, achastes mesmo que morreria sem ter cumprido a sua pena perante os homens seu bebarracho, mas lhe agradeço muito do que me disseres não vinha a saber de minha sogra um dia estes podem a mim servir a algum propósito.

Quando a estas palavras vinha a proferir o Duque morrera Pedro, o duque virou-se adentrou a carruagem enquanto o cocheiro pós o homem na mesma o nobre senhor voltou ao seu palacete a dar a novas a sua pretendida enquanto que o cocheiro levou o corpo e o atirou nas pedras próximo a arrebentação dos corais no cais do porto, pois nesta noite se fazia forte repuxo ao mar o tanto que jamais o corpo deste infeliz se fez ser encontrado por ninguém.

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sábado, abril 17, 2010 - 23:29

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