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Fim( talvez não)

Cresci ao som de palavras que me faziam querer que serias meu, palavras que alimentavam a minha vontade de querer. Foram noites em branco a imaginar-te comigo, sonhava poder abraçar-te a cada momento, poder partilhar contigo palavras perfeitas e construir uma história a teu lado. Hoje volto a desenhar aquele retrato que me preenchia nos dias frios, desta vez pinto-o com cores mortas e apago o sol. Os dias passam lentamente, e a cada minuto que passa, as coisas começam a fazer cada vez menos sentido, acabou, ou pelo menos é isso que dou a entender às pessoas que estão á minha volta. Multiplico as inúmeras palavras pelo que sinto. Todos os dias é uma nova luta, para te tirar definitivamente da minha cabeça. Hoje sentei-me na varanda a olhar o mar, ele fez-me ter a certeza que tomei a decisão certa, apesar do vazio que sinto, perdi o sol que me fazia acordar todos os dias. Sabes o que mais custa nesta historia toda? É ouvir as tuas palavras e ver que a cada minuto que passa me desiludes cada vez mais e a forma como me consegues mandar abaixo, apenas com uma simples frase.
São palavras escritas nas paredes, choros incontroláveis e gritos de desespero que solto todos os dias, na ânsia de conseguir por apenas um momento não me lembrar da tua existência.
Destruíste-me ao longo de largos meses, fizeste-me acreditar em tudo, e de largar todos os meus sonhos. No fundo sabia que me irias desiludir, mas quis acreditar que serias diferente. De facto eras, mas tal como tu dizes: “ mal nos conhecemos”, talvez por isso tenha construído uma personagem, fictícia que pensava corresponder á verdade.
Todas as noites tenho pesadelos, e não consigo rasgar uma única imagem tua, nem mesmo aquela página de diário que esta cheia de qualidades que quase não existem e que são apenas fruto da minha imaginação e da minha forma de te ver, achava-te perfeito, agora a cada conversa com o que ainda resta.
Gostava de escrever que estou bem e feliz, mas seria mentira. Neste ciclo vicioso mais uma mentira não mudaria nada, seriam mais páginas que juntava ao livro que ao longo do tempo fui escrevendo, e que no fim escreveria” amanha será outro dia”. Tornas-te num desconhecido, desconheço a pessoa com quem falo e que por vezes considerei melhor amigo.
Quis dizer adeus a (um sonho) ou (pesadelo) como queiras considerar, mas não é tão fácil assim, vivi isto demasiado tempo para que em 2 dias conseguisse pôr a tua pessoa de fora da minha vida. Estou aprisionada dentro de mim própria sem ter uma única hipótese de fuga, porque no fim de todo este tempo contínuas a ser aquela pessoa que me magoa, mesmo sem pensares, mas que continuo a perdoar com alguma facilidade. Por vezes penso: porque preciso de ti? Estás num lugar longínquo, onde nunca chegarei a ir talvez.
Nesta historia quem se magoa sou eu e quem vive o (sonho/pesadelo) também sou eu.
Acabo o texto com lágrimas a correrem rosto abaixo.

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quinta-feira, outubro 8, 2009 - 17:14

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lau_almeida

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Comentários

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Re: Fim( talvez não)

está bonito amor!

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Re: Fim( talvez não)

obrigada:D

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Re: Fim( talvez não)

lau_almeida_;
Amar, esse dar e receber nem sempre cumprido. Ser fruto de um amor assim, intenso, abdicar de tanto, para no fim, mão cheia de nada.
Seca as tuas lágrimas, a vida continua e o futuro é já ali

Força, amiga!

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Re: Fim( talvez não)

muito obrigada pelas tuas palavras!:D
beijinho*

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