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Ha vazios muito cheios...

Ja tive dias em que nao quis nada por ter tudo e que, num repente, resultaram em noites que me segredaram que, afinal, nao tenho nada do tudo que queria.
Ha os que vivem na Lua, viajando entre Marte e Venus. Ha os que vivem nas nuvens, sonhando mais alto que elas. Ha os que vivem com os pes bem assentes na Terra e depois… depois existo eu, que abdiquei de residir sempre na mesma emocao por me ter tornado nesta nomada de afectos, por excelencia.
O que vejo por ai' e' que ha vazios muito cheios de coisa nenhuma, onde um pingo de pouco e' sempre tanto…tanto! E' por isso que, por vezes, parece-me que o Mundo inteiro engavetou todos os seus poemas, fechou-os 'a chave mas esqueceu-se de si mesmo, dentro da gaveta.

"Meu Amor, prometo que nao escrevo, nem viro as paginas que nao queres ler. Prometo que so vou colorir as que quiseres recordar, mas nao me rasgues por favor, nao me rasgues!
Deixa que te escreva sem criatividade nenhuma ou com toda ela junta, nos dias em que me faltas e podes ate falar-me de ti, porque oico-te bem… tao bem...
Deixa-me amar-te da ponta da lingua 'a ponta dos pes pousados no cabo da nossa esperanca com o mar no horizonte. Deixa-me abrir os bracos, sabendo que se der um passo nao caio… saber que ganho asas quando me abracas com as tuas, e que sim, sem temer, podemos avancar. Vamos voar.
E nem precisas de te mexer desse lugar. Eu seguro-nos, neste.
Somos tao imensos! Quase do tamanho do tudo ou nada.
Sou eu quem esta' aqui. Estou aqui! Nao me ves?
Vou descer das nossas nuvens cinzentas e mostrar-te o contraste do azul do meu ceu quando se reflecte no teu.
Vou pegar ao colo a tua alma cansada, deita-la e sossega-la sobre a minha.
Vou beijar-te o medo, os labios e a voz.
Vou ouvir os teus pedidos de socorro – ja quase os oico!
Nao precisas chorar. Eu choro.
Raios me rachem se nos proximos mil anos, nao nos salvo!
E' que – juro! – vais queimar-me por fora se te fores embora.
Por dentro, feita cinzas – nua e pura – ja sou toda tua."

A gente nao aguenta a sede, a fome, a violencia; a gente suporta mal a solidao, a dor, a indiferenca… mas quem nao aguenta a dadiva de sentir um grande amor? Quem? Venha ele quando, como, donde e de quem vier. Qualquer um que ja tenha sentido no sangue da pele a ausencia de um amor renasce poeta ou figura de estilo incansavel na tarefa de mentir 'a propria mentira, de tao infiel que lhe passa a ser!
Maldita seja a razao quando decide interromper-nos a voz do coracao!
Quem nunca amou que atire a primeira pedra! (Diabos me levem se a propria da razao ousa lanca-la!)
O amor e' toda uma verdade que nao tem onde se esconder… ao resto, chamem-lhe o que quiserem.

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quinta-feira, janeiro 14, 2010 - 21:35

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SusanaVenenno

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