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A Irmandade - Parte 5
Esperei impacientemente junto ao velho poço. Sentei-me à sombra e esperei. Passado algum tempo, pude finalmente contemplar a sua doce face. Parecia quase mentira que tal ser fosse verdadeiramente humano, a sua beleza ofuscava até a princesa mais bonita. O seu pai sempre fora um homem influente junto da nobreza, pelo que luxo era coisa que não faltava na casa dele, desde móveis da madeira mais requintada até à carne mais tenra que se pode encontrar. Finalmente Katherine chegou perto de mim. Era profundamente doloroso quando havia alguém por perto, apenas o meu primo sabia da nossa relação, bem, ele e alguns animais aos quais confessávamos o nosso amor.
Caminhamos a passos largos o mais rápido que pudemos, para finalmente estarmos a sós. A cada passo o desejo aumentava mais, sabia que lhe era igualmente doloroso, mas tinha de ser assim, pois, o seu pai nunca aprovaria a nossa relação. Para ele eu era apenas um “pobre rapaz órfão”. Nunca escondera a Katherine o desejo de casar, nem ela a mim, mas com o tempo, o sonho revelava-se cada vez mais inalcançável.
Quando finalmente ficamos longe dos olhares curiosos, o desejo falou mais alto do que a timidez, sem nenhuma palavra ambos nos entregamos aos lábios um do outro em beijos loucos.
-Espera…é melhor…desculpa. – Disse na sua voz melodiosa.
Não protestei. Não a queria pressionar, tínhamos prometido que íamos avançar com calma. E calma era coisa que não estávamos a ter naquele momento.
-Então, queres ir dar um passeio pela floresta? – perguntei
-Vamos, o meu pai foi a uma reunião. Estamos com sorte
Caminhamos de mão dada ao longo da aldeia. Quando nos emaranhamos na floresta, o sol deixou de aquecer os nossos corpos. Como cavalheiro que sou, tirei o casaco e deitei-o por cima das costas de Katherine. Ambos esboçamos um sorriso, continuamos a caminhar, agarrado um ao outro para suportarmos melhor o frio.
As árvores estendiam-se diante de nós como um corredor gigante que acabava num magnífico lago. Segundo uma lenda local, um poderoso mago, para fugir da guerra, criou um abrigo subaquático, e quem o encontrar poderá herdar o seu poder.
Junto ao lago estava um memorial com o nome de todos os infortunados que tentaram encontrara o mago. Uma longa lista que acabava com um Deuce Nraz. Um desconhecido. Talvez a lenda tivesse mais reputação do que o que devia. Imaginem a quantidade de famílias desmembradas por causa da sede de poder. Um poder que não existe. Pensei várias vezes em tentar. Assim podia pedir Katherine em casamento e dar-lhe uma boa vida. Mas foi uma ideia que passou sem deixar rasto
Caminhei juntamente com Katherine até á beira do lago. Sentamo-nos e apreciamos a água cristalina. A sua mão suave encontrou o meu rosto. A dor começava a invadir-me o espírito, ia destroçar-lhe o coração, mas não havia opção. Estava de tal maneira estupefacto com a sua beleza que me esquecera do motivo da minha visita.
-Katherine…temos que falar? – disse tristemente
Olhou-me com os seus olhos cristalinos e soltou um suspiro.
-Eu…já sei de tudo.
Fiquei boquiaberto ao ver a sua boca proferir tais palavras
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