Margem de erro

- Acreditas mesmo que o amor numa situação como esta pode sobreviver?
- Acredito e tu?
- Acredito que tu acreditas… Isso já me chega… – Disse ele aproximando o seu rosto do dela, e depois segredou-lhe ao ouvido. – Depois não podemos voltar atrás…
- O meu medo não é voltar atrás… Mas sim a rapidez como seguimos em frente… – Disse ela ao ouvido dele.
- Não temos que ir hoje…
- Nem amanha… Vamos quando acharmos que temos que ir… – Sorriu ela apertando as mãos dele.
- Estás mesmo gelada rapariga!!! – Exclamou ele sorrindo.
- Já esperava que dissesses isso, a tua voz é fantástica quando reclamas com a minha frieza… – Sorriu ela abraçando-o.
- Só hoje senti o teu perfume tão perto… – Disse ele.
- Também só hoje é que te toquei desta maneira… – Acrescentou ela passando a mão pelo peito dele.
- É melhor irmos embora… – Disse ele com a voz a cortar na sua própria garganta. – Senão ainda faço algo que não suposto fazer hoje…
- OH!!! Desculpa!!! – Disse ela embaraçada, afastando-se a aconchegando-se no banco do pendura, depois parou os olhos vendo o Rui e Samanta beijarem-se Hugo também os observava.
- Eles já mudaram de caminho… – Constou o Hugo.
- Fizeram o que acharam adequado…
- Talvez nós um dia…
- Quem sabe… – Disse ela sorrindo.