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MELANCOLIA

Melancolia, alegria, contradições da vida que existe no ser humano, com emoções sensíveis, fortes e fracas, que tropeçam na alma e derramam lágrimas e sorrisos, abraçam demais, podendo até sufocar de tanto gostar; os abraços podem ser leves mas ternos, cheios de amor que nem cabem no abraço, cheios de verdade e sentimento, ou amizade sincera para que mostrem alegria e prazer de ver e encontrar, honestidade sem desamor, para que a vida floresça como botões de rosa ao vento leve que gingam ao sabor da música do amor que enriquece a vida e aquece o coração, sem pedras duras e com emoções que chamam a Primavera, sem palavras mas com pensamentos ardentes de desejo de paz real sem podridão por perto que nem o vento faz levantar o pó do seu odor.

O vento bate sem doer e a chuva cai sem molhar a alma; também não pode ficar seca de amor para dar, sem olhar a recompensas quentes ou frias mas, simplesmente com desejos de reciprocidade de emoções, porque das más está o mundo farto e ao mesmo tempo, ávido de vento que bate sem doer que, afaga e refresca as cabeças de todas as crianças para que cresçam e voltem sempre como a Primavera, sem medo do Outono e ter a liberdade do Verão que aquece o frio e até as pedras que nada sentem mas, também merecem respeito e direito ao frio e ao calor, à chuva e à neve branca de paz, de quem as pisam, fazem sentir vibrações de bondade e de maldade; apenas sentem o nada e nada podem fazer se não ficarem caladas para sempre, cheias de segredos e de esperanças, de mal e de bem de quem as pisa; continuam ali, quentes ou frias, gastas pelo tempo e cheias de histórias tristes, alegres, feias ou bonitas, até que alguém as levante e as deite no mesmo lugar ou noutro, sem pedir nem reclamar, por serem pedras, sempre inertes, sem queixumes de tanto serem pisadas, ao calor ou ao frio de quem passa, ignorando – as, não deixando atolar quem as pisa, sem exigir sequer que as tratem bem, como se servissem só para pisar.

Conhecem toda a gente mas, nunca recebem um cumprimento pelo bem que fazem, recebendo em troca, apenas pisadelas de ingratidão de todos os seres e ninguém lhes valor, ao valor que têm.

Também há pedras humanas que são pisadas toda a vida, como se fossem pedras inertes, sem ais nem queixumes, apenas possuem a vida que a vida lhes deu, com sentimentos e emoções como toda a gente e ninguém se incomoda; até o vento lhes bate sem doer mas, já nem sentem afecto nem amor pelo amor que deram. Estas pedras são empurradas para o esgoto da sociedade, entupindo a sua própria felicidade, apesar de pedras vivas que têm sentimentos e emoções, mas são ignoradas e tratadas como pedras inertes ou excrementos duma sociedade insensível mas que, no entanto, ao nascer e ao morrer são iguais às outras pedras vivas bem polidas e bonitas aparentemente.

O ciclone da vida falsa lhes trespassa a alma e como pedras inertes continuam a ser tratadas. A felicidade é como o vento que passa que bate sem doer mas, mais valia que doesse e que ficasse em cada uma para sempre, não fosse passageira, lambendo apenas algumas pedras que se mexem e nem sempre ficam com elas, não atingindo quem merece; as outras, mesmo sem ferindo na carne, feri - as na alma e marca – as para sempre.

É preciso lutar pela felicidade como se fosse uma amada especial e única no mundo e não esperar que ela nos atinja acidentalmente, sem fazer nada, para que não nos tornemos pedras inertes e não deixar que ninguém nos pise; se isso acontecer, é preciso enrilhar e virar os dentes, lutar pela nossa amada, para que a vida nos sorria e possamos tirar algumas pedras inertes da nossa mente que todos tentam pisar e transformá – las em vida que sorria e que espere sempre pela Primavera seguinte, até que o Outono um dia chegue, com vida vivida, cheia de Primaveras, construídas com luta saudável; no entanto, pedras inertes haverá sempre, para que continuem a ser pisadas, para construir e dar felicidade a outras, como se fossem parasitas das pedras inertes.

Se um dia eu fosse ou me tornasse numa destas pedras, por força da sociedade em que vivo, lutaria arduamente para que não me pisassem e tentaria trazer até mim uma vida feliz e, ao mesmo tempo, faria com que outras pedras que são pisadas se revoltasse e gritassem bem alto, pelos seus direitos a Primaveras cheias de flores e para que todos os meninos filhos destas pedras deixassem de cair no mesmo lugar que os pais, e a vida lhes sorrisse eternamente e atrás de mim fazia uma legião destas pedras de almas feridas na sua dignidade, salvas, para encher o mundo de alegria, onde a guerra não tivesse lugar e apenas o vento lhes batesse sem doer com igualdade para todas e, todas as armas mortais se transformassem em primaveras coloridas e jamais a desigualdade fizesse parte da sociedade humana, onde os direitos humanos fosse um código de honra sagrado e cumprido por todos.

 

 

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quarta-feira, abril 20, 2016 - 08:46

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José Custódio Estêvão

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