CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O Julgamento
Um dia, pela manhã: Olhou o espelho e observou o seu rosto:
- Esta é a minha imagem; a imagem do meu rosto ...
- Exclamou Anónimo,um rosto igual a todos os outros rostos; todas as manhãs se olham através do espelho; um rosto que se prepara, igual a qualquer outro rosto, que se prepare para o julgamento do Mundo.
- Será que preparo a imagem reflectida no espelho, para ser julgada? ... Ou, será que olho no espelho para julgar o julgamento, que, julgo; o Mundo julgar? ... ou será que não existe julgamento que julgue o sêr; além, pela glória, ou, aparência que o rosto lhe quer dar!? ... Esta não é a minha imagem; a minha aparência, esta é a imagem do meu rosto! ... O meu rosto... A imagem exterior que preparo para ser julgada por um Mundo cego; que, preparo para os olhos enganar.
- Concluiu Anónimo, que, a imagem reflectida no espelho era a cumplicidade do próprio espelho e que juntos conspiravam a si próprio com o simples prosaico de os seus olhos enganar; Anónimo sabia... Anónimo tinha a certeza de que a sua aparência, através da sua imagem: Queria trabalhar. Então olhava o espelho e via o que os olhos lhe queriam mostrar; depois, Anónimo desaparecia por completo, deixando apenas os seus olhos a julgar o julgamento que só ele próprio queria julgar e, não julgava o injusto da aparência que o Mundo pudesse julgar, mas sim o justo que não se justificava com um simples olhar... Não...
Não; não que: Tinha que espreitar bem fundo; então: Encheu os olhos com o reflexo, reflectidos no fundo do espelho e viu a vizinha apaixonada por ele:
- Não pode ser?! ... Como é que eu olho para mim e consigo ver outros?
-Exclamou Anónimo, bastante intrigado; sabia que o espelho o queria enganar e quanto mais se envaidecia mais enganado ficava. Começou a imaginar o Mundo inteiro assim: Enganado pelos olhos; dava-se-lhe a entender que a mentira saia de casa todos os dias, trajando o engano, com o gosto que julgou no espelho justificado no sorriso de um esgar.
- (O segredo está no coração dos Homens; o que os deixa apavorados, amedrontados... Então o contemplar do espelho, que lhes mostre o engano que vai enganar; e, sente-se contente: Quando se engana a si próprio; maquinando o enjenho, ensaiado de fronte ao espelho).
- Pausadamente, apagou a vida, dentro do túmulo e saiu: Para julgar o julgamento nos olhos do Mundo:
- As árvores enfortaleciam e davam as suas sementes há terra, como pagamento do tributo da sua própria vida... As sementes germinavam, atirando-se de encontro ao sol; com o intúito apontado ao alto: Ao céu; como finalidade do seu caminho. Talves que no céu se encontrasse a disponibilidade que guia os seres a caminharem para debaixo da terra... Para debaixo dos pés dos seus frutos... Talves que a terra désse frutos amargos e doces e esses frutos servissem para alimentar a vida e não a cobiça...
- Talves que o Mundo enterre seus mortos para encorajar seus frutos a alimentarem novos frutos; para consumo do tempo, provisionando a terra; que, assim: Eclode com vida; talves que o mundo esteja ocupado a olhar; a saborear a vaidade em frente há outra face do espelho; usurpando-se de si próprio sem se aperceber que, o que o espelho lhe reflecte é apenas o papel que que embrulha o presente... Talves que o Mundo esteja na verdade cego e que apenas veja por instinto, apenas aquilo que quer ver: O próprio umbigo... Talves, então, porque tem fome e o espelho lhe mostre o pó que a terra vai comer.
----------------------Fim-------------------
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2434 leituras
other contents of antonioduarte
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Mistério | “Achado de vento” | 0 | 1.182 | 11/19/2010 - 00:05 | Português | |
Prosas/Ficção Cientifica | “Alimento sem segredo” | 0 | 1.224 | 11/19/2010 - 00:08 | Português | |
Prosas/Ficção Cientifica | “Batuque do pensamento” | 0 | 2.002 | 11/19/2010 - 00:08 | Português | |
Prosas/Pensamentos | “Avé Lord” | 0 | 1.484 | 11/19/2010 - 00:08 | Português | |
Prosas/Saudade | “Até ao tempo de te encontrar” | 0 | 1.892 | 11/19/2010 - 00:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | !!Òh mar... òh mar... òh mar... | 0 | 601 | 11/19/2010 - 19:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | TRISTEZAS | 0 | 926 | 11/19/2010 - 19:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Paixão | QUERO | 0 | 1.185 | 11/19/2010 - 19:25 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Ciclo de Lágrimas | 0 | 719 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Paixão | O CORPO QUE LHES VEJO | 0 | 3.812 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | PALAVRAS | 0 | 2.261 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | O CANTO DO PELINTRA | 0 | 1.078 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | SEM UMA DOR OU LÁGRIMA | 0 | 866 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Gótico | -- MODÉSTIA HÁ PARTE – | 0 | 1.463 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Comédia | Qualidades de mendiga | 0 | 742 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Vencido | 0 | 1.144 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Dois Goles de Alegria | 0 | 704 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Grades 1 | 0 | 1.048 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Grades2 | 0 | 1.203 | 11/19/2010 - 19:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | PERFUME | 0 | 1.221 | 11/19/2010 - 19:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Para lá da palavra | 0 | 825 | 11/19/2010 - 19:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Expressões rimadas | 0 | 1.206 | 11/19/2010 - 19:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Múmurio | 0 | 1.172 | 11/19/2010 - 19:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | BALADA DAS PALAVRAS | 0 | 1.236 | 11/19/2010 - 19:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Quem me ouve falar mais | 0 | 1.058 | 11/19/2010 - 19:29 | Português |
Add comment