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Operação (im)possível: dissecação da alma

Hoje peço emprestado algum do saber de um cirurgião…

Preciso dissecar a alma e não sei como fazê-lo. Se me inclinasse para o coração, talvez fosse mais fácil. É um órgão vital mas, a meu ver, aloja sentimentos mais compreensíveis. Agora a alma!?

Primeiro havia que a corporizar; depois depositá-la em algo inexpugnável para não voar (é essa a sua natural condição de ser imaterial – estar e não estar, vagabunda, pérfida, poderosa…); a seguir, com pinças inventadas, tal como se executasse um número de mimo, separar os sentires: os que decididamente são inexplicáveis, remetê-los para o sofá de um sábio analista; os que a mente consegue minimamente explicar ou fazer emergir pistas para que o eu, por inteiro, lhes dê alguma consistência, ficariam expostos numa vitrina transparente, forrada a seda vermelha. Rejeito o veludo, não fosse a textura deteriorar o que não vejo, mas sinto.

Em pura contemplação para compreender os movimentos agitados e a direção que tomam, se é que há alguma regra pré-definida, repararia as partículas virulentas (ah, antes teria que ter outras para fazer transplantes) e reconstruiria, pelo menos uma parte, de forma a que os sentires positivos ficassem em maioria!

Pronto, terminei a operação: voltei a colocar a alma no meu ser, transportada nas palavras que acabo de escrever…

Odete Ferreira 01-12-11

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segunda-feira, dezembro 12, 2011 - 12:30

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Odete Ferreira

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Comentários

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Ai, se tudo fosse assim tão

Ai, se tudo fosse assim tão simples...mas também, a vida não teria tanto tempero, seria demasiado previsível.
 

 

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P/Nostalgia (Operação...)

Por isso é que dei este título a este mero exercício de escrita!

Há momentos em que queríamos a alma mais serena!

Por isso se escreve, na maior parte das vezes!

Bjo :)

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