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ORIGENS (próximo livro a editar) pag. 4

João saiu da barbearia de cabeça rapada e de barba bem escanhoada que lhe dava um ar asseado e saudavel. Ia passar pela taberna do compadre Dionisio para beber um copo e dar dois dedos de conversa com os parceiros habituais da beberragem e comer umas deliciosas tapas cozinhadas pela mulher do taberneiro. Depois seguiu, para a propriedade onde o patrão estava à sua espera para combinarem a próxima deslocação a Odemira e resolverem certos assuntos respeitantes aos trabalhadores da herdade dos Coelhos .
No dia seguinte acordou bem cedo e como de costume percorreu a propriedade para inteirar-se como se apresentavam os cachos das uvas pendurados nas cepas, para preparar a vindima,  sendo altura de começar a recrutar pessoal.
Almoçou as migas que a mãe cozinhara, acompanhadas com o vinho carrascudo produzido na herdade. Terminara a refeição mas continuava a beberricar  até ficar macio e a seguir esticar-se na cama do quarto dele que, por sinal, era bem fresco.  Andava numa fase em que ficava a dar voltas ao miolo, como poderia encontrar-se com Rosalina - uma bonita moça, morena de 19 anos, olhos redondos, fartos peitos e pernas roliças - que há muito fazia parte dos seus pensamentos, - ela trabalhava como costureira na loja do compadre Amilcar e era habitual, à noite, encontrá-la com algumas amigas a passear no jardim.

Dias depois, tomou uma decisão - esperou pela tarde para se dirigir à loja do  alfaiate, tentando, assim,  forçar um encontro com Rosalina, esperando a sua saída e, segui-la, para botar boca fora, uma declaração que havia ensaiado muitas vezes. Já tinha metido conversa com ela em várias ocasiões, quando visitava  o patrão Amilcar para cavaquear com aquele compadre. – tinha sempre muitas histórias para contar das suas experiencias vividas em Setubal enquanto muito jovem!  Ela, embora de maneira furtiva, não deixava de sorrir aos piropos desajeitados que ele lhe dirigia, quando ela largava o trabalho, transpondo o balcão com o levantamento de uma aba que servia de porta e se despedia dele bastante ruborizada e olhos postos no chão.
E, foi assim, que tudo aconteceu, a partir daquele momento em que ele, ganhando coragem, resolveu segui-la por breves momentos, para abrir o seu coração e mostrar as suas intenções de namorar com ela, caso desse o seu consentimento e estivesse também interessada nele. Conseguiu, assim, dar inicio a essa intenção há muito metida na cabeça, fazendo-o de forma atabalhoada e completamente diferente daquilo que tinha pensado. Ela compreendeu perfeitamente o nervosismo dele e a forma desajeitada do seu discurso que lhe causara uma contida vontade de rir!  Para espanto seu obteve uma resposta imediata e determinada que o deixou atrapalhado, – olhe, irei pensar e dou-lhe uma resposta muito em breve, quando nos encontrarmos aqui, outra vez! João, considerou a resposta positiva, ficando tão satisfeito que, logo se despediu, pedindo-lhe, ainda, que ponderasse muito bem o seu pedido, sem qualquer precipitação pois, ele, considerava-se um homem sério e honrado pesando, sem leviandade, o que lhe acabara de propor!  Ela correu ,então, para casa atravessando o jardim, com grande emoção a apertar-lhe o peito!
 

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quinta-feira, dezembro 1, 2011 - 20:38

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