CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Os Seios da Cabrocha
Os Seios da Cabrocha
Autor: Larry Redon
A Bahia tem mistérios, que só o mar conhece. O mar é a grande testemunha dos amores secretos da Bahia. Em noite de luar, ele aquece o corpo da cabrocha que se entrega a ele sem pudor. O mar com suas ondas suaves acariciam a pele das cabrochas e dos meninos. Para o mar não há diferença entre meninos e meninas ele vive para amar e provar todas as delícias do mundo. O mar ama a todos, mas quem o enlouquece é a cabrocha Alzira, que em noite de luar aparece nua para o mar, por trás das alvas cortinas, que balançam na janela da casa praieira.
O mar deseja beber todo suor da morena Alzira, que parece despir-se para ele, mostrando todo o corpo banhado de luar nas noites misteriosas de Salvador. Mas o mar não se ilude, pois sabe que a cabrocha exibe-se para todos os pescadores, mas mesmo assim, por alguns segundos o mar prefere acreditar que a morena pertence somente a ele.
O mar que normalmente é manso na Bahia, quando vê a imagem de Alzira se agita, bate suas ondas nas pedras como adolescente que procura os primeiros prazeres da vida. Nestas noites o mar fica insano, vira cúmplice do vento, que o auxilia tocando os seios da cabrocha, endurecendo-o e arrepiando todo o seu corpo.
Com a ajuda do vento, o mar deseja ser sereno, mas não consegue ao ver Alzira passar a mão pelo corpo, apalpar suas coxas, gemer e passar as mãos nos lábios secos de prazer. O mar também geme e quando ele geme o pescador Rufino sabe que Alzira está precisando de um pescador na sua cama.
Nestes dias para Rufino não há pescaria, tudo o que ele quer é acalmar o mar e acalmar também a Alzira. No meio do mar com o seu barco, o pescador luta contra a fúria do mar para chegar aos braços da cabrocha, mas o mar ainda não atingiu o orgasmo, o mar continua batendo nas pedras com violência.
Rufino não resiste, tira sua roupa, fica também nu ao luar, entrega-se a fúria do mar, pois sabe que ele também fica sereno com os rapazes e o mar abraça o pescador, o faz tremer e ficar ofegante com sua água gelada. O pobre rapaz geme, grita o nome de Alzira, mas sabe que nesta hora só o mar o tem, só o mar é o seu senhor. O pescador quer se tocar, mas resiste, sabe que Alzira o espera e dá o mínimo ao mar, pois quer entregar-se totalmente a cabrocha. O mar entende o pescador e o libera, jogando-o à terra, pois sabe que depois ele voltará.
O pescador chega à casa de Alzira, nu, banhado de luar. Alzira o vê pelas brancas cortinas. Corre ao seu encontro. Investiga o seu corpo, beija sua orelha, lambe o seu pescoço, cheira o seu tórax, põe o dedo no seu umbigo e mais embaixo encontra aquilo que estava a sonhar.
Alzira não quer entrar na sua casa, olha para o mar e quer possuir o pescador ali mesmo, tendo apenas o mar e o luar como testemunha. Os gemidos ganham o céu da Bahia e o mar volta a ficar agitado, ainda resta um pouco de fúria.
O mar grita pelo vento, mas ele não atende. O vento também é cúmplice de Alzira e Rufino, sabe que aquele é o momento dos dois. O vento fica junto dá lua espiando e rindo da inveja do mar.
Mas o mar está cheio de desejo. O mar que possuir Alzira e também a Rufino. O mar sabe que tem poder maior que o homem e que não precisa do vento. O mar lança o seu olhar fascinante para o casal e eles não resistem ao olhar lúbrico do mar e caem nas águas violentas do mar.
Neste momento, a lua vira cúmplice do mar, convence o vento a entrar na dança e tudo é clarão. Os seios da cabrocha são iluminados e o mar possui violentamente o pescador e a cabrocha.
Submited by
Prosas :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1218 leituras
other contents of Larry
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Aforismo | As Teclas | 1 | 972 | 04/25/2010 - 17:22 | Português | |
Poesia/Aforismo | Decadência da Cadência | 1 | 814 | 04/25/2010 - 17:21 | Português | |
Poesia/Aforismo | Nada sobrará | 1 | 799 | 04/23/2010 - 00:11 | Português | |
Poesia/Aforismo | Valei-me | 1 | 503 | 04/20/2010 - 16:16 | Português | |
Poesia/Aforismo | Liberdade interior | 1 | 989 | 04/14/2010 - 04:03 | Português | |
Poesia/Aforismo | Os humildes | 1 | 860 | 04/12/2010 - 17:19 | Português | |
Poesia/Aforismo | Meus poemas | 2 | 857 | 04/12/2010 - 17:19 | Português | |
Poesia/Aforismo | Os pombinhos | 1 | 794 | 04/12/2010 - 16:49 | Português | |
Poesia/Aforismo | Sou ator | 1 | 1.188 | 04/12/2010 - 15:53 | Português | |
Poesia/Aforismo | Epitáfio | 1 | 1.116 | 04/12/2010 - 15:52 | Português | |
Poesia/Aforismo | Peguei-me | 2 | 716 | 04/12/2010 - 15:51 | Português | |
Poesia/Aforismo | Desmotivo | 1 | 744 | 04/10/2010 - 20:39 | Português | |
Poesia/Aforismo | Dom Casmurro | 1 | 765 | 04/10/2010 - 19:42 | Português | |
Poesia/Aforismo | O rosto | 1 | 737 | 04/10/2010 - 17:56 | Português | |
Poesia/Aforismo | Ainda me resta a saudade | 1 | 1.070 | 04/01/2010 - 19:37 | Português | |
Poesia/Aforismo | Nordestino | 2 | 773 | 04/01/2010 - 19:37 | Português | |
Poesia/Aforismo | Prendeu Eco na Colina | 1 | 663 | 04/01/2010 - 19:36 | Português | |
Poesia/Aforismo | Nasceu a flor do sorriso | 1 | 715 | 03/30/2010 - 17:45 | Português | |
Poesia/Erótico | Na corda bamba (cantiga de escárnio) | 1 | 691 | 03/30/2010 - 17:44 | Português | |
Poesia/Aforismo | Miragem | 1 | 967 | 03/30/2010 - 17:43 | Português | |
Poesia/Aforismo | A Rosa e o Colibri | 2 | 890 | 03/28/2010 - 17:25 | Português | |
Poesia/Aforismo | A Barba | 1 | 1.063 | 03/28/2010 - 17:24 | Português | |
Poesia/Aforismo | Dona Rita | 1 | 798 | 03/28/2010 - 17:23 | Português | |
Poesia/Aforismo | Lacinho de Fita | 2 | 784 | 03/26/2010 - 16:36 | Português | |
Poesia/Aforismo | A Testemunha | 1 | 891 | 03/25/2010 - 19:02 | Português |
Add comment