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PENSAMENTOS

 

 

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Normalmente costuma – se pensar que os filhos da sociedade humana nascem ou deviam nascer por amor. Esta é uma matéria muito complexa e com motivos para reflectir sobre o que acontece entre os humanos nesta área da reprodução.

Todos os filhos sem excepção deviam nascer por actos de amor mas, infelizmente assim nem sempre acontece, porque uns nascem contra vontade, outros por descuido, outros por violência e muitos outros por prazer sexual. Todos estes modos de concepção têm influência no futuro do novo ser humano, principalmente na personalidade e que o vai marcar para sempre ao longo da sua vida. Muitos pais fazem filhos simplesmente por fazer, sem pensar nas verdadeiras consequências destes actos, nem nas condições de vida a dar aos seus rebentos, para que eles tenham amor e um vida com dignidade e por isso, muitos inocentes indefesos que não pediram para nascer, sofrem de maus tratos, de fome e alguns são abandonados pura e simplesmente como se fossem animais por quem não se nutre qualquer estima e entregues a si próprios, embora também a mereçam. A maioria destas crianças segue um rumo errado ou desviante, tornam – se delinquentes, marginais para quem o futuro não existe, considerados as chagas da sociedade humana que os criou. Poucas destas crianças são as que conseguem acertar o seu rumo completamente sós, encontrando esporadicamente a sua sorte, nas Instituições de Solidariedade, ou nalguns humanos de bom senso que os acolhem e lhes mudam a sua vida, dando – lhes o futuro que lhes faltava. Um número muito, mesmo muito reduzido conseguem vencer por si próprios e estes podemos chamar autênticos heróis porque vencer na vida selvática, com a sua própria força e com tantas adversidades encontradas na sua própria sociedade, na realidade só podem ser considerados verdadeiros e excepcionais seres humanos que subiram a escada da vida à sua própria custa.

Como é que muitos pais desta sociedade humana conseguem despir – se de amor ou de humanidade, se é que alguma vez os tiveram e empurrar os filhos para a marginalidade, ficando com a mente sem remorsos dos actos negativos que praticam sobre os seus próprios filhos? Para mim, não seres humanos, embora com inteligência que não tem utilidade para nada, porque os animais irracionais nem assim procedem.

Outras crianças de pais pobres, embora cheios de amor mas por condições económicas tão paupérrimas, são muito cedo lançados no trabalho para produzir rendimentos, para que não lhes falte pelo menos um pedaço de pão; a isto não considero exploração infantil, porque as condições sociais assim os obrigam, bem como o alheio completo dos humanos mandantes sobre as condições de vida dos seus cidadãos. Outras crianças abandonadas tornam – se grandes marginais, fazendo disto uma profissão, as quais não olham a meios para conseguir sobreviver, tornando – se predadores revoltados da sociedade que os produziu e os abandonou; estas crianças são os frutos podres da sociedade que não lhes deu as condições  exigentes para que um ser humano cresça com dignidade e portanto, a principal culpa é realmente a sociedade que se alheia dos seus deveres de humanidade para com alguns dos seus semelhantes que só sabem que eles existem quando os problemas lhes bate à porta.

É vergonhosa, degradante e aviltante a desigualdade entre os seres humanos no aspecto social e é por isso que, existem as guerras, os atentados, os ódios, as revoltas, os rancores e as invejas que, são armas de morte da própria sociedade. Sei que nem todos têm a mesma força para lutar porque aquilo que querem, no entanto, as oportunidades é que não são iguais para todos, por causa da situação económica de cada família mas, o Estado governante é que não devia deixar que existisse esta falta de igualdade entre os seus cidadãos que segundo as sociedade católicas são todos filhos de Deus, só que uns foram criados com humanidade e outros esquecidos.

Torno a frisar que, nesta área os governos das sociedades humanas, também constituídos por humanos é que deviam ter o cuidado e atenção para que os seus súbditos das suas regras não sofressem estas desigualdades gritantes e dar – lhes a dignidade que todos merecem, para que a sua vida fosse tranquila e proibir que os grupos mais fortes não explorassem os mais fracos. Mas, infelizmente, alguns governos mandantes servem – se dos cargos para serem eles os principais exploradores dos seus cidadãos, criando grandes fortunas à sua custa enquanto o povo vive desgraçadamente na miséria.

Continuo a interrogar – me: se somos todos os humanos, porquê tanta desigualdade? Se o Deus que as sociedades criaram existe e é justo porque deixa os seres humanos uns terem tudo e outros nada? Não serão todos seus filhos como a sociedade julga? Pensem bem nisto.

Nas sociedades humanas costuma – se dizer: se muito tens, muito vales, se nada tens, nada vales. Esta é a justiça dos homens e é assim que são rotulados socialmente, em função do dinheiro que cada um possui e não em função das suas personalidades e valores morais.

A sociedade humana vive em função da família e dos amigos mais íntimos, formando grupos isolados, sempre desconfiados uns dos outros e não lhes faz confusão ou não lhes desperta sensibilidade humana ver na rua completamente abandonadas as crianças que são o maior milagre do mundo e a razão de ser da sua continuidade da espécie e não sejam seres humanos com direito ao amor e à dignidade que fazem com que a vida seja feliz mas, a felicidade não abraça todos; ou os seus braços não chegam para todos ou então muitos nem a procuram porque julgam que já a perderam e deixam de lutar por ela.

Ainda me lembro de quando era criança, filho de pais muito pobres, embora nunca estivesse na situação de abandonado que, para sobreviver, tive que lutar muitas vezes sozinho para encontrar comida no lixo dos outros a quem eu chamava de meninos ricos. Tive sorte de nascer com amor e humildade e ter conhecido pessoas boas na minha vida que me deram a dignidade que eu precisava. Isto são coisas que já pertencem ao passado mas, ficarão para sempre na minha memória e registadas para que o tempo não as apague.

Fico muito triste e muito emocionado ao ver a tristeza das outras crianças que, em pleno século XXI, algumas continuam a ter as mesmas carências e sobretudo muita falta de amor.

 

 

 

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quarta-feira, novembro 30, 2016 - 11:39

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José Custódio Estêvão

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