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Pinto as Cores do Desejo

Enraizada nos mais altos ideais, eu sou a mulher, a ligação à mãe terra. Não sei que faço com este sentir, que me faz pensar que sou num tempo gasto em palavras. Não me apetece sequer estar a pensar em ti e no que poderia ter sido, este consentido desejo. Sou agora uma ânsia de ficar parada, sem tempo para pensar em sentir-te. Há dias que dou comigo a tentar entrar dentro do teu pensamento, mas outros há, que nem lembro que existes. Gosto desta nova tonalidade que dou aos meus dias, mas poucos são os que me fazem ser assim, sem este gosto de ti. Pinto as cores do desejo e sofro por não te querer. Ficaste nesse patamar dos sonhos por realizar, e são esses que preciso delinear nas noites frias sem o sol e o calor do verão. O verão está a chegar ao fim e a magia que criou em mim, esta nova vontade de amar, ficou-se pelo calor dos corpos no deserto do tempo.

Este sol que hoje me afaga uma lágrima que teima em aparecer, é suave e traz-me a claridade do Outono com as suas cores quentes. Humedece-me os sentidos, esta ligação á terra, esta seiva pura e inebriante que me faz ser, numa realidade edificada na germinação campestre - o regresso às origens, à terra mãe, à natureza. Eu, a mulher que encanta e desencanta e este dia que sofre por não me ver sorrir, é a totalidade das horas em que permaneço mesmo que abstraída de ti, mas que me faz ser em ti, numa realidade abstracta, numa sequência de pensamentos forçados e enraizados em doces lembranças. Matei hoje o desejo de ti, quando te vi chegar, lento e cauteloso ao meu pensamento, aconchegando este temporal que paira sobre mim quando penso que quero deixar de pensar, mas tão-só, ser, numa realidade presente, ligada a tudo o que existe e que sobrevive no tempo.

Às escuras, mas com os pés assentes neste germinar constante, sobrevivo quando te encontro.

(In “As Escuras Encontro-te")

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quinta-feira, março 11, 2010 - 18:22

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