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Se a vida fosse um paraíso, não houvesse guerras, ódios maldades, não existiam os tribunais, os advogados, os juízes, os polícias; como num paraíso também não havia doenças, também não havia profissionais da saúde, a não ser para assistir aos nascimentos, ou até mesmo não existiam pura e simplesmente, porque antes da sociedade ser evoluída também não havia este tipo de assistência.

Afinal, pensando bem, o paraíso provocava o desemprego mas como não havia dinheiro, também não existia o desemprego, era tudo muito natural. Qual das sociedade seria melhor? Com certeza que a maioria não queria o paraíso conhecendo a evolução social de hoje. Mas, hoje com toda esta evolução, a sociedade anda em guerra e impregnada de ódios e de invejas que matam e continuam a desejá - la com toda esta violência e defeitos. Vá lá perceber a sociedade humana? Nunca está contente com o que tem, muitos não fazem nada para ter o bem estar e invejam o bem estar dos outros que dão tudo para o ter.

A natureza pensa em tudo, será que ela quando foi formada foi programada pelos deuses para que existissem as guerras, os ódios, as maldades e as doenças? Não creio nesta versão mas sim na versão dos homens que a degradam e a violentam, não para se adaptar a ela mas sim para que a natureza se adapte a eles.

Ó mãe natureza mas afinal em que ficamos? Será que planeaste tudo isto para dares trabalho, dinheiro e poder aos homens? Estou baralhado mas, apesar de tudo, acredito que fizeste tudo com boas intenções, o homem é que não entendeu os teus desígnios ou desvirtuou a tua mensagem.

O homem bem entendeu mas, fez - se desentendido como é hábito quando não lhe interessa e dispôs de ti a seu belo prazer, fazendo do teu espaço um campo de batalha que divide a sociedade em termos de bens materiais e mentalidades e como se desentendem quase sempre, matam - se uns aos outros, tudo por causa da posse de bens que não repartiste e deixaste essa tarefa aos homens e por isso uns cantam e outros choram, porque não sabem repartir igualmente, uns ficam com muito e outros com pouco ou nada.

É assim o homem, um egoísta injusto na perfeição e muito perigoso que desconfia até da própria sombra; podem interrogar - se: mas porque é que escrevo tão mal do homem? Eu devolvo a questão com outra pergunta: por aquilo que conhecemos dele, acham que não tenho razão? Não esquecendo o bem que o homem faz, tudo é deitado por terra, porque o mal que faz é muito maior e, portanto, o saldo do bem é muito negativo, como negativa é a sua mentalidade, ao matar por causa do poder, do ódio e do dinheiro e além disso o mal é sempre muito mais visível e menos publicitado.

Embora ninguém me ouça ou me ignore, porque não tenho nome sonante nem dinheiro, continuo a gritar bem alto dentro da minha consciência: parem malditos e acordem se tiverem tempo de acordar.

Nada pior do que a insensibilidade humana aos problemas da sua própria sociedade, olhando apenas para o seu umbigo, sem saber ou querer saber da verdade que a rodeia; as classes sociais degladiam - se entre si mas não podem passar umas sem as outras, pois o dinheiro de umas depende do trabalho de outras, é como o ar que se respira para as sociedades humanas viverem e tratam no tão mal, como se o pudessem substituir quando já não prestar.

Todas as classes sociais são imprescindíveis para a economia de qualquer nação funcionar, no entanto, exploram - se mutuamente, com mais pendor para quem detém o poder  do dinheiro, julgando por vezes, que pode passar sem a outra, a do poder do trabalho, demonstrando pouca sensibilidade uma para com a outra e por isso surgem as contendas entre elas, tudo por causa do dinheiro e do poder.

O homem não aprende e julga que, por ter o poder que o mundo tem de cair a seus pés, tornando - o humanamente insensível, pensando que o mundo gira à sua volta mas, atenção, porque o poder do trabalho pode muito bem fazer ajoelhar o poder monetário e, portanto, os homens de ambos os lados têm de ter muita compreensão e sensibilidade humana, entenderem - se e pensar que os poderes, quer o do dinheiro, quer o do trabalho, têm de se unir, para a sociedade no seu todo, poder caminhar firme, sem guerras, sem ódios e fazer com que o amor una os poderes fracos e fortes, o poder e o dinheiro.

Afinal, o amor não é mais do que o paraíso, portanto, basta o amor para ele existir; é tão simples de alcançar e tão difícil de amar.

Estêvão

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quarta-feira, maio 30, 2012 - 09:07

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José Custódio Estêvão

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