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Sentada...
Na noite, rastejam os medos levados pelo sopro do vento. Sento-me, sem nada dizer a quem passa sem me ver. Observo, com olhos de criança, a dança do vento de mão dada com as folhas molhadas de Inverno. Rodopiam a meus pés. Fico imóvel, de olhos fixos na sua dança contagiante. Colam-se aos meus sapatos, como se me quisessem arrastar para a sua dança. Uma pequena brisa toca a mão que segura o meu rosto. Levanto o olhar com receio de ter de despertar. Porque o vento continua a soprar, levando consigo vozes soltas no ar. E eu, criatura que sente até o mais tímido suspirar, perco-me, sentada neste banco onde todos passam apressados sem notar. Onde os meus olhos procuram, inocentes, um sorriso nas dezenas de lábios que se fecham ao passar.
Elsa Azevedo
26/04/2012
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segunda-feira, maio 7, 2012 - 08:55
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Comentários
Brilham os momentos do ser de
Brilham os momentos do ser
de contemplação interior,
e a vida adquire outro sabor
e saber.
1 abraç0o!
Abilio