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Ser Mãe
Mães doces ternas que criam seu rebento tal como o pássaro seu filhote.
Preparam-no para vida pronto para voar decidir e serem homens e mulheres felizes.
Vejo também doces e ternas mães que querem o melhor para seu filho e os sufocam.
Estes buscam alento fora do lar em lugares não saudáveis, visitam os vícios das drogas.
Vejo doces e ternas mães sonhadoras que criam seus filhos em favelas e morros das grandes cidades.
Desejando que este filho seja um doutor, porém cedo sentem a dor de ver seu filho morto ou por bala perdida ou por traficantes.
Vejo mães egoístas que se acham dona da vida que trazem no ventre, e com ela terminam através de um aborto.
Vejo mães torturada que a seus filhos odeiam espancam e matam seres inocentes que conceberam.
Vejo mães que por seus filhos fazem sacrifícios, morrem e ou se prostituem, para manter a vida do ser gerado em suas entranhas.
Vejo mães debaixo do viaduto que tiram do lixo o alimento para seu filho, limpam com as mãos e por fim passam na roupa o pedaço de pão que ofertam ao filho que trazem junto a si, quando olhadas estas mães baixam a cabeça em vergonhada por não ter o que oferecer a seu filho, a não ser o lixo.
Vejo a mãe que vende o filho mesmo dentro do ventre em troca de dinheiro.
Vejo a mãe que prostitui o filho em troca de dinheiro ou de ficar com seu companheiro.
Vejo a mãe que tortura emocionalmente seu filho e faz dele um cidadão inútil para sociedade um psicopata.
Vejo a mãe que perde o filho definha e morre com ele, vejo a heroína que sobrevive a tudo em memória do filho.
Vejo a mãe sonhada por todos e acalentada pelos poetas, alimentada pela ilusão, traçada nas linhas dos livros infantis.
Vejo a mãe natureza agredida e reagindo brava contra os filhos mal ensinados aos quis tudo deu e a gora se acha dilapidada, fraca e sugada, pronta para morrer, pesarosa por não poder alimentar seu filho o Homem.
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