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Solos de alegria

São tantas palavras, são tantas informações, um espaço de tempo muito curto, para assimilar tudo e inevitavelmente nos encontramos em meio a um furacão de decisões para serem tomadas.
Em questão de momentos, instantes, precisamos dizer sim ou não, tomar lado defender ideias que chegamos a ficar sem saber o que fazer. Trocamos prioridades, invertemos valores e aos poucos vamos perdendo nossa humanidade ou o pouco que resta, muitas vezes em pró de algo que pouco vamos aproveitar.
É possível afirmar que mesmo diante de tanta tecnologia, com tanta informação e praticidade em nossas mãos, em muitos momentos nos encontramos perdidos e afoitos. De tanto ouvir dizer o que queremos, esquecemo-nos de ouvir a nós mesmos, para saber o que realmente é bom, a culpa não é inteiramente de influencias externas, de terceiros, mas um pouco nossa, por não saber em alguns momentos filtrar essa onda que nos tomba com tantas distrações.
Assim acabamos criando falsas expectativas, sonhos fúteis e desejos ordinários. È tão grande o tamanho de nosso consumismo, que nossos olhos acabam cegos, para o que realmente nos faz feliz, nossa preocupação em registrar tudo é tão grande que essa sede em mostrar para os outros o que fazemos, não nos deixa usufruir do momento que vivemos.
Assim nossa felicidade verdadeira acaba aos poucos se distanciando, vivemos pequenos momentos de alegria passageira, logo esquecida e devidamente documentada. Acabamos vivendo um circulo vicioso da “indústria da felicidade”, aonde para você ser feliz é necessário comprar, gastar e possuir, não sendo apenas necessário aproveitar o momento ou as pessoas que nos cercam, acabamos transformando em mercadoria o sentimento puro, tal e qual seria necessário apenas ir a uma prateleira de loja e compra-lo.
Uma dose de lagrimas, por favor! Mas de alegrias, sim! Um pacote de romantismo, e assim por diante, mas infelizmente ou felizmente não somos assim, ainda não conseguimos nos transformar em algo tão asqueroso a ponto de negociar sentimentos, mas talvez estejamos chegando muito próximos dessa realidade.
Mas que rumo tomar, quando ser contra é querer regredir, quando o desejo de algo real é considerado por muitos uma fraqueza e ter um sorriso verdadeiro é considerado uma afronta.  Devemos cada um escolher o verdadeiro desejo que temos, refletir, sem se importar e querer mostrar para todos que essa reflexão é sobre você, não sendo necessário colocar em todos os lugares para aparecer. Não é uma questão apenas pessoal, mas é sobre a vida de uma forma mais ampla e abrangente, é o que esperamos e cultivamos para os próximos momentos, pois se continuar assim, provavelmente começará a comprar cd, com pequenos momentos e sentimentos para ser ouvido, pois não seremos capazes de viver algo verdadeiro, o que é triste, embora muito próximo de se realizar.

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quinta-feira, outubro 18, 2012 - 21:15

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Pablo Gabriel

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