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Talvez
Numa hora de um outro dia, talvez chorasse, mas hoje não choro. Talvez corresse em rodopios, gritasse e cantasse aos que me ouvem ou estão por me ouvir, talvez lhes pegasse pelas mãos e dançasse com eles, feita insana de mente e sã de espírito. Mas qual o porquê? O porquê do que o talvez pudesse insurgir-me na mente? Mas não insurge, e pergunta esta é vã. Que o porquê se desvaneça nos seus vãos de esquina obscuros, nas suas ruelas labirínticas, porque eu fico-me só com o talvez. Talvez um dia mude de opinião, é um risco a correr que me habilito ao pôr uma hipótese. Mas não acredito, não creio, não o consigo imaginar. É a indiferença que me domina, de espírito e alma encoberta, de garras estendidas e mandíbulas abertas, ávida. E eu não gosto… Talvez um dia me livre dela. Talvez a mate de espada erguida, coragem em punho e vontade! Oh sim, aquela vontade que se foi pelo vento chamada para mais longe, tão longe de mim. E restou-me ela, de olhos brilhantes, verdes, tão verdes! Esmeraldas de justiça inconformada mas que se deita nos seus lençóis de espinhos que a fere. E ela ignora-os. A indiferença deve ser idiota, por ventura destituída de senso. Talvez porque o ignora, é-lhe indiferente. E a mim também. Mas não gosto dela… Talvez a possam levar embora, para o longe onde se perdeu a vontade? Que se acompanhem, que se anulem, digladiem até ao derradeiro suspiro. Talvez uma delas vença, ou talvez não. Esperarei o final, sentada, olhos perdidos no horizonte, cegos para o mundo e cegos para mim. Esperarei, como sempre fiz. E um dia talvez acorde. Talvez dance, talvez grite, talvez chore. E ninguém o saberá… quiçá.
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