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Tempo..

É tempo…

Tempo de partir, tempo de mudar, tempo de crescer.

Foi ao mero acaso que nos encontrámos, que nos apaixonamos. Correcção: que ME apaixonei por ti. O que sinto por ti apareceu quando menos esperava, sem pedir permissão para entrar, e acabou por invadir o meu coração, e por me consumir como uma doença. Para ti, fui e sou completamente indiferente, apenas "mais um".

Tempo? Talvez o tempo apagará todas estas memórias que pretendo esquecer. Como é possível que consigamos iludir-nos tão facilmente? Com o tempo, todas as (des)ilusões desvanecem-se. Mas, será mesmo verdade? Pedi-te para me levares para bem longe, para bem longe de mim próprio. Como não foste capaz? Talvez porque o sentimento não era mútuo, ou então porque é algo impossível, algo impossível de concretizar.

Responde-me porque não foste capaz de o fazer. Diz-me porquê! É tempo... Tempo de mudar, tempo de abandonar todas as ilusões criadas. Talvez mesmo até deixar de as criar, de as sonhar, de as viver. As ilusões acabam apenas por originar desilusões e sonhos que gostaríamos que fossem concretizados. Confissões. Tudo isto são confissões de um coração despedaçado. (...)

 

[Continuação]

(...) Confissões. Tudo isto são confissões de um coração despedaçado. Um coração que carrega dentro de si amor, mas, em simultâneo, carrega ódio também. Ódio por tudo aquilo que fizeste. Fingiste amar-me. Como foste capaz? Para quê fingir? Para apenas me vires a sorrir?

Posso dizer que, graças a todas as desilusões que me causaste, esse sorriso desapareceu. E tão cedo não voltará a aparecer. Talvez com o tempo… Como é que eu não vi o que estavas a esconder? Esse teu sentimento por mim que, na verdade, era uma mera mentira. Provavelmente deveria estar a sonhar...

Por vezes, a nossa realidade pode ser a nossa própria mentira. Apenas te peço que desapareças do meu pensamento. Pára de atormentar o meu pensamento, a minha vida. Tudo isto transformou-se num carrossel, pois tudo anda às voltas. Tal como a espécie de um labirinto ao qual não conseguimos encontrar o caminho de volta. Caminho esse já esquecido há muito tempo. Resta-me apenas encontrar esse caminho esquecido e esquecer-te. Mergulhar no profundo silêncio em busca da minha voz. Tudo o que passamos serão apenas memórias, memórias doces mas amargas.

Tempo… Com o tempo esquecerei tudo, e viverei uma nova vida.

 

[ Autoria de: Ivo Marques Resende ]

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terça-feira, maio 10, 2011 - 20:52

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