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Vida Programável

Muitas das coisas que fui, que sou e que ainda serei, foram construídas e conquistadas com dedicação, e muito esforço.
Hoje eu sei tanto, que as vezes penso que não sei nada. Se não tomar cuidado com isso, farei das minhas próprias armas o meu refugo. As palavras que muitas vezes saem da minha boca, eram para do pensamento nem mesmo existir. Mas como o incontrolável se torna inexorável mediante aos fatos. O que penso serve para o que sinto, e o que sinto influencia no que penso.
Tudo o que faço, me deixa transtornada, assim já pensei em não mais fazer. Mas se eu não faço sinto uma tremenda falta, é como se não tivesse mais motivos para viver. Eu vivo, disso eu ainda não desisto. Ainda que eu caia por muitas vezes. Sempre conseguirei me levantar e limpar a poeira.
Ouço tantas vozes e tantas palavras. Um pouco de cada eu vou absorvendo. Lições de vida, que um dia eu dei, ainda aprendo e ouço pois ainda sei que precisarei. Nem no mais profundo olhar, nem tão pouco no mais distante caminho, eu sei que não vou mais pensar, ou querer ainda estar controlando o meu futuro destino.
Viva um dia de cada vez, foram essas palavras que um dia me disseram. E muito depois ouvi com sensatez as mesmas palavras por outras pessoas que a mim propuseram.
Seria tão simples se a vida fosse um simples sistema operacional. Que se pudesse incluir e deletar comandos que fossem altamente depurados pelos compiladores. Quero deletar algumas coisas que me fazem mal, como se fossem trojans que se auto-instalaram dentro da memória. Precisaria de vários tera-bytes para suportar tamanhos arquivos de história. Mas é muito mais do que isso e do que se possa processar. Um simples fluxograma não seria capaz de rotinar. Precisaria muito mais do que
um estudo de caso e um diagrama de fluxo para poder a vida gerenciar. Ainda que seja feito um projeto altamente calculado com riscos de caminho, projetos de perda e danos futuros, não seria ainda possível previnir os riscos do sistema da vida. Ele não é executável a qualquer momento, e não pode ser dominado por comandos. Ele até aceita diversos usuários, mas nem sempre permite a instalação de outros componentes. Algumas bibliotecas possuem um acervo de consulta muito grande, mas nenhuma delas é capaz de reproduzir a emoção que se passa dentro do nosso sistema, que vive e relembra com a mesma intensidade que fora ocorrido a anos atrás. Os jogos virtuais não podem ser comparados aos nossos jogos vividos. Ainda que transcritos com os mesmos detalhes, a memória não os suportaria. O processador não iria conseguir acompanhar a velocidade de nossos pensamentos, e muito menos transmitir ao buffer do sistema o espaço reservado necessário para algumas tarefas.
Se pensarmos mais do que podemos, não vamos esquentar e muito menos queimar. Porém se uma máquina for forçada a rodar em números consideráveis, certamente o sistema irá travar, a temperatura irá aumentar demais, e algum dano físico irá ocorrer.
Se pensar e resolver problemas fosse simples, algumas estruturas não precisariam existir. Assim brevemente concluo alguns fatos de minha memória, pouco consideráveis para o ato de não poder mais retroceder ao que foi vivido, não tem como deletar os erros cometidos. A configuração até pode ser alterada, mas não tem como ser reprogramada. E o que ainda roda em nosso sistema da vida, não se pode ser depurado em erros e comandos que ainda façam parte de uma história.
O livro da vida começa quando um sopro de amor é unido a outro. Na máquina da vida se pode unir um sistema a outro, e dele produzir os mais belos acontecimentos visuais. As placas unidas, as conexões serão perfeitas. Os códigos serão reprogramáveis, para que não ocorram erros inesperados.
O que fui não mais serei, se um dia programar com o complexo de viver, entenderei o porque de um mundo programável e dominável pelas máquinas e pela sua própria evolução.

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sexta-feira, outubro 3, 2008 - 17:54

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PalomaStella

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Re: Vida Programável

Texto bem escrito em dom da palavra!

:-)

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